20 de maio de 2012

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutrali...

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutrali...: Descrevo os detalhes da minha forma de conduzir meus plantios, a geração máxima de riquezas e de energia ecológica sustetável, útil ...

A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutraliza a Energia Nuclear ...





Descrevo os detalhes da minha forma de conduzir meus plantios, a geração máxima de riquezas e de energia ecológica sustentável, útil sobretudo para a agricultura familiar, a agroecologia e permacultura das  cidades

Muito mais uma filosofia de vida de um ser humano que respeita o seu planeta e não apenas um capitalista que está querendo faturar um dinheiro mais verde com o patrimônio natural... Acredito que seja muito importante este trabalho para se dispõe a implantar sistemas mais sustentáveis, que precise e queira produzir seu proprio alimento, reciclar sua matéria orgânica, e até obter uma nova renda sadia e de maior valor espiritual

Na verdade, cada um de nós precisa acordar, que a responsabilidade por haver alimentos, sementes, mudas, adubos vivos, não é apenas dos agricultores, mas de todos nós. A terra é a nossa parteira, mãe e geradora de energia. Um agricultor e  jardineiro, habita dentro de cada ser, e precisa renascer. Somente desta forma uma educação ambiental pulsará de forma natural em toda a humanidade

Depois, me ajudem, comprando meu livro que estou escrevendo aos poucos. Estes textos fazem parte do seu conjunto. Bom proveito. Saudações. Mauro Schorr (Orua), www.institutoanima.org

A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutraliza a Energia Nuclear ...

 " O que implica o aquecimento global tão sério e urgente é que o grande sistema da Terra, Gaia, está aprisionado num círculo vicioso de feedback positivo. O calor extra de todas as fontes, seja dos gases do efeito estufa (retenção de radiação solar na atmosfera), seja do desaparecimento do gelo ártico ou da floresta amazônica, é amplificado, e seus efeitos não se resumem à somatória. É quase como se tivéssemos acendido uma lareira para nos aquecer e deixado de notar que, à medida que empilhávamos a lenha, o fogo saía de controle e a mobília já estava em chamas. Quando isso acontece, há pouco tempo para controlar o fogo antes que ele consuma a casa. O aquecimento global, como um incêndio, está se acelerando, e quase não sobra tempo para agir. O que devemos fazer, então? Podemos continuar a gozar um século 21 mais quente, enquanto ele durar, e fazer tentativas cosméticas, como o Protocolo de Kyoto, para camuflar o embaraço político do aquecimento global, e temo que isso seja o que vai ocorrer em boa parte do mundo." (James Lovellok em artigo no The Independent: Gaia precisa da energia nuclear)”

O que nos torna talvez tão assustadores ou pouco digeríveis pela "sociedade moderna", tão ainda avessa a valorizar a opção simples de se trabalhar na terra e com maior harmonia com a natureza, e que insiste em identificar em nossos esforços um certo apelo ao primitivismo, é que talvez nossa panacéia ou pajelança de cura para sua fatal enfermidade ou crise de irresponsabilidade global, seja a prática da agricultura sustentável ou agroecologia realmente, tanto no meio rural e na agricultura familiar, quanto, fantasticamente na santa e ex-paradisiaca urbanidade 

“Antigamente, a selva era o mato. Hoje, a selva, é de pedra e asfalto: a cidade”! 

Nos últimos artigos na net que recebemos, alguns enfocam que temos tanta terra preguiçosamente abandonada, entregue aos entulhos, restos de lixões e construções, enquanto muitos países não possuem espaços adequados para seus cultivos, como o Japão, Coréia, Inglaterra, Itália, Grécia, Portugal, entre outros, e eles tem muito maior respeito e produtividade, renda e qualidade de vida do que nós, como isso pode acontecer em um país tão belo e continental?

Outros artigos defendem os plantios monoculturais de eucalipto, atestando sua necessidade e eficiência energética, econômica e financeira, mas esquecem que os solos ressecam, a energia vital dos locais é absorvida, acelerando os processos de morte e de degeneração da atmosfera e da qualidade-de-vida, contudo a manutenção e cultivo de árvores e consórcios nativos ainda é mínima, insipiente, pouco valorizada e pesquisada, poderiam efetivar modelos novos de sistemas agroflorestais e permaculturais multiespaciais, adentrar com estes científicos modelos em áreas de fome, beira de rios, proteções de nascentes, mas tudo isso ainda se faz muito pouco no vasto e monumental Brasil

“Realizei isso no cinturão da fome da miséria de Belo Horizonte, replantando frutas, bambu, árvores nativas, na beira dos rios das comunidades carentes. Se não tivessem frutas comestíveis plantadas, o povo acabaria com as outras mudas, para queimar nos seus fogões de lenha, por que não possuem renda para a compra de gás...”

Depois temos a questão energética. Quanta demanda de energia é necessária para os próximos 10 anos, e aqui no desigual terceiro mundo isso é quase nada perto da poderosa gula do monstro devorador que é os EUA. O que este país que consome 30 % da energia mundial está planejando para manter-se dono do poder mundial, e sobretudo, para sobreviver, se não apelar para a construção de mais usinas nucleares e com isso também fomentar a perpetuação de seu imenso arsenal bélico atômico, ou invadir outras nações alem do Iraque?

Obvio que os EUA é uma país com vários avanços tecnológicos, e a indústria do etanol de milho está sendo largamente impulsionada, o problema que é uma opção intensamente transgênica

Foi este o erro exagerado ou a miopia imprevisível do Sir Lovellok, que por ser inglês é bem possível que não tenha visto a conseqüência de seu ato insano, de alimentar a possibilidade ou a defesa do uso da energia nuclear em todo o delicado mundo

Ele esqueceu que o poder que confere este setor na humanidade alimenta a arrogância de muito poucos e de uma mentalidade egocêntrica e arrogante, onde as bombas recebem nomes pejorativos e eróticos ou de menininhos, como "little ou big babys

No mínimo é curioso refletir sobre o destino de tantas armas atômicas, ou da presença da energia nuclear e seus densos alicerces políticos. Bom, podem destruir a Terra 60 vzs ! Mas este artigo não é para irmos tão longe a respeito deste tema, onde existem pessoas mais próximas que estudam sua dimensionalidade. Imagine a chantagem que presidentes mais liberais recebem dos militares que comandam a indústria bélica nuclear... 

Nosso objetivo é outro: descrever o que podemos trazer como alternativas reais, simples, sensatas, para não precisarmos apelar para sistemas tão complexos, de alto risco de destruição e manipulação. E será um esboço detalhado em alguns campos de apreciação deste vasto e precioso conhecimento

 Permacultura é como uma Luz que Desperta e Renasce a Vida

Estude os passos iniciais para você enfrentar uma situação onde há um terreno baldio ou até mesmo seu quintal a espera de seu gesto nobre e desperto de salvação:

 Limpe o terreno, mas não queime ou enterre nada, pois:

·        Separe os entulhos, e a madeira para lenha ou construção 

  • Plásticos para reciclar ou fazer enterrio para construção, ou enviar para lixões
  • Pedras e tijolos velhos, para socar estacas, fazer muros, ou mesmo pisos ou paredes para construção. Ou seja, nada se joga fora, tudo pode ser útil na permacultura local
Muita gente não gosta de capinar, mas de jogar palha por cima da terra, cobrir com um solo melhor, adubar e plantar, este sistema é interessante mas há a dificuldade de se encontrar os materiais em maior quantidade. E muitas ervas não morrem sendo enterradas como a Tiririca e algumas braquiárias. Em solos bem orgânicos e com pouco mato, é interessante esta tecnologia

As plantas na verdade  curtem crescer no meio da fofa matéria orgânica, mas para áreas maiores é sempre bom capinar-se, ou arar-se superficialmente, e  colocar-se as palhas ao redor das árvores em alturas maiores do que 20 cms, deixando os troncos livres, e tudo obedecendo as curvas de nível para combater-se a erosão

Formar solos cobertos com palha é algo que faz multiplicar a produção de minhocas, é uma descoberta famosa, criada no estado do Paraná, na década de 70, na região de Campo Mourão, chamada de “plantio direto na palha”: aveia e azevem, e trigo no inverno, e a sobre-semeadura de soja ou de milho, ou feijões, ou gergelim com amendoim, no verão, deixando o solo sempre coberto

Compostos vegetais precisam se tornar uma técnica comum de produção de um excelente bioativador dos solos, ao invés de queimar-se a matéria orgânica. Árvores adoram pilhas de composto ao redor de suas raízes

Depois de capinado, poderemos afofar a terra, espalhar calcáreo (Cálcio e Magnésio) e/ou cinza (Potássio, Enxofre e micronutrientes), e se possível pó de rocha (Vários microelementos), e começar a traçar as linhas para os plantios

Composto no meu sitio faço com palha, restos do mato, galhos de guandu, folhas de mucuna e de  mamona, e vou alternando as camadas com esterco de aves, e inoculo tudo com biofertilizante. Possuem normalmente 2 a 3 ms de altura, por 2 a 3 ms de largura. Mas no final do processo, quando prontos, perdem 60 % do volume inicial. São depois do inicio da fermentação, enriquecidos  com minhocas vermelhas californianas,e recebem o preparado biodinâmico Fladen, que é uma mistura inteligente de todos os preparados  
Biofertilizante é feito dentro de um tonel de 200 lts de plástico tampado, e tem 20 % de esterco bovino, com de aves, 100 lts de água, 2 lts de leite, 2 kgs de melado de cana, um pouco de bagaço de cana, restos vegetais verdes escuros, algas e  5 lts de água do mar, alguns resíduos de peixe, cascas de ovos moídos, pó de rocha, e por aí vai. Uma poderosa vitamina agrícola que precisa fermentar, ser mexida vigorosamente toda a semana, e em 30 a 60 dias deve ficar cheirosa, não ácida, equilibrada e na forma liquida, porêm espessa. Seu uso é direto no composto, ou diluído em 10 partes de água pura, sendo filtrada em pano, para ser pulverizada nos finais de tarde sobre as plantas em crescimento. O pessoal mistura 1 lt de leite e côa junto, dizendo que eleva o nível de Cálcio das plantas

O composto fermenta e com seu calor, digere sementes de ervas daninhas e os patógenos como fungos, bactérias, protozoários e amebas, e economiza 50 % do uso do esterco, que atualmente é um adubo caro. Porêm a fixação e disponibilidade de nitrogênio é limitada. Não se pode depender em solos pobres apenas do composto, que possuem no total de seu volume, apenas 1 % do seu peso em nitrogênio

Plantas sem nitrogênio em maior volume disponível, crescem pouco e comercialmente, trazem pouca produção. Para isso se pode aplicar os biofertilizantes líquidos que são mais nitrogenados. Mas o excesso de Nitrogênio causa câncer, anorexia e nitrosaminas cancerígenas nos humanos, e maiores pragas sugadoras, nas plantas, estudem a Teoria da Trofobiose, uma pesquisa científica muito profunda, realizada na França, e muito perseguida

Um Modelo Intensivo de Alta Produção e Biodiversidade

Alem de viajar-se por várias regiões do Brasil, e termos participado de congressos nacionais de agroecologia e de permacultura, onde se destacaram o IV Encontro Brasileiro de Agricultura Alternativa em Petrópolis – RJ,  no ano de 1984, e a aprovação de uma consultoria para o Centro Nacional das Populações Tradicionais – CNPT, do IBAMA, em Brasília, para o PPG7/ONU, na região de fronteira do Brasil com o Peru, na reserva extrativista Chico Mendes, no ano de 1998, desenvolvemos uma síntese de nossas buscas e pesquisas em nosso sitio, aplicando várias eco-tecnologias, na sede de nossa organização, o Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável , de forma intensa e objetiva

O Sitio Cristal Dourado foi encontrado abandonado, coberto de mata de cipó espinhoso e com uma população muito elevada de Pinus eliotti. Em 2 meses limpamos o local, retiramos o pinus, e iniciamos um processo de zoneamento e de setorização do sitio, potencializando cada local com novos cultivos e combinações de plantas, em diferentes níveis e estratos agroflorestais. Em 120 dias, plantamos completamente a área, tornando-a muito produtiva:

- Iniciamos com hortas, em sistemas de policultivos: com plantio de ervas medicinais (Menta, mirra, hortelã, malva, cana-de-macaco, arruda, guiné, centella asiática, babosa, saião, orégano, alecrim, tomilho, mercúrio cromo, mil folhas, artemísia, ginseng, cânfora, quebra-pedras, arnica, abre caminho, gervão, ambrosia, entre outras) no extremo dos canteiros, e do lado oposto, espécies mais perenes como couve, berinjela, pimentão, pimenta, tomate, abobrinha, etc. Sementes de hortaliças, como cenoura, rabanete, nabo, rúcula, alface, chicória, agrião, acelga, coentro, salsa, cebolinha, alho porró, foram semeadas em linhas, e no meio das ervas medicinais de maior porte, sendo colocadas à lanço

Posteriormente, devido à forte presença do aquecimento e insolação, tivemos que optar por construir uma estrutura de madeira de eucalipto comprada e utilizamos ainda as próprias toras do sitio, sendo coberta por tela de sombrite 50 %

Entre os postes colocamos fios de arame galvanizado, e introduzimos o plantio de guaco, a ora-pro-nobis, o maracujá, o feijão-vagem guarani, a vagem, o cará voador, a ervilha, fava, bucha e a cabaça

Temos hoje quatro hortas totalmente cobertas, totalizando aproximadamente 900 m2 de área coberta, e sendo irrigadas com mangueiras de microaspersão Santeno tipo II, que são dispostas sobre ripas finas de madeira, penduradas por arames nas estufas de sombrite. O ambiente interno fica protegido, mais úmido e bem vital. Até no verão em nossos solos pobres arenosos, onde o sol é intenso e atinge mais de 14 UV, pois estamos a 1.5 km do mar, temos uma boa produção de alimentos e até de verdes como alface. Isto não ocorre em quase lugar nenhum da “ilha da magia” ou Florianópolis ou Floripa como é chamada nossa capital de SC

- A adubação dos solos: foi realizada durante várias vezes ao ano, com porções pequenas e constantes de calcáreo, pó de rocha, esterco de aves, de boi e nossa compostagem, esta em uma escala maior. Houve o uso de palha de pinus e de serragem fina em alguns locais. Adubação em excesso atrai pragas, e sempre é interessante em doses menores quando as plantas ficam mais enfraquecidas. O uso de biofertilizante foi sempre aspergido em dias de sol muito forte e seco, nos finais de tarde, algumas vezes por ano, e este biofertilizante possui algas, água do mar, pó-de-rocha, bórax, zinco, enxofre, leite, bagaço-de-cana, restos vegetais verdes escuros e animais, como esterco de aves e de cachorro, gado e um pouco de sulfomagro e de biogel comprado externamente. Ele aumenta a absorção de nitrogênio em plantas que estão carentes deste elemento e ativa profundamente a biologia.
Amigos (as), conheçam nossa permacultura medicinal, organizada na forma de produtos como ervas e compostos medicinais que atuam de forma mais profunda e eficaz, alimentos nutritivos integrais, cds musicais e velas artesanais feitas de cera de abelha. Maiores detalhes estão na ecoloja em nosso portal da vida: www.institutoanima.org, e em nosso stand nas ecofeiras em Floripa – SC: Quartas cedinho na UFSC em frente a reitoria, e sábados e domingos, na Lagoa da Conceição 

Somente com a venda de nossos chás e remédios artesanais em nossas ecofeiras e em nossa sede conseguimos manter e investir na manutenção de nossa sede e Sitio Cristal Dourado, sem contar com nossa ampla produção de alimentos agroecológicos fresquinhos e profundos atendimentos terapêuticos. E o mais importante, é que observem todo o potencial que uma área de apenas 1/2 hectare pode fornecer de preciosa abundância, riqueza terapêutica e exemplo de ambiente e de economia de cura 

Quando temos como foco produzirmos produtos essenciais, com a qualidade e certificação orgânica, oficial ou popular, que tenham funções medicinais, sejam úteis a saúde das pessoas, podemos chamar esta nova ou sagrada economia de qualitativa, ou terapêutica, um uma economia que possui valores espirituais. O seu impacto é uma grande possibilidade de venda, sucesso e aceitação da maioria dos clientes. “Uma economia de sabedoria, pode trazer recordes de venda, e uma riqueza infinita”  

Sistemas de Agroflorestais do Sitio Cristal Dourado: 

- Modelo de Agrofloresta I: Policultivos com Maracujá: Temos uma grande produção de maracujá, em sistema de espaldeira ou de arames interligados, consorciado com guandu, mandioca, amendoim, milho crioulo e indígena (Mais de 20 variedades), quiabo, girassol, abóboras, melancias, melões, batata-doce, e feijões vagens guaranis (2 espécies antigas em extinção), crotalária (3 espécies) que servem como alimento secos, verdes e para adubação verde. Os feijões guaranis secos parecem como o feijão azuki, mas são bem mais rústicos e se espalham muito mais. Podem ser aproveitados como vagem ainda verdes e nitrificam os solos. Secos fornecem brotos muito poderosos. O fato é que o Guandu (Cajanus cajan) é uma arboreto fabuloso, e sua flores alimentam as mamangavas, que são especialistas em polinizar os maracujazeiros

O guandu é cultivado ao lado do maracujá, e é podado três vezes ao ano, as sementes secas podem ser cozinhadas com arroz, e são muito fortes, altamente energéticas e depurativas, a mandioca é plantada em linhas com os demais cultivos, distante 1 m, somente que bem espalhada, e a batata-doce é implantada no outro extremo, distante 5 a 10 ms. Mandioca é colhida a cada 12 meses, algumas deixamos 36 meses, e ficam com 1.5 ms cada raiz ! Cada batata-doce neste sistema, se adubada corretamente com composto chega atingir 1.0 kg cada uma!

Ocorre uma maior proteção do solo, com o crescimento da abóbora, melancia, amendoim, batata-doce e feijão guarani. As copas da mandioca também são podadas. Nas porções finais do terreno é introduzida a banana, pinha, ora-pro-nobis, physalis sp, e nos arames que ficam vazios, plantam-se buchas, cabaças, chuchu nos locais mais úmidos, e guaco

Tomem cuidado com este sistema complexo, por que a vida explode em abundância, e o peso sobre os postes de madeira é tremendo em temporais, normalmente tombam toda a produção, por isso que postes de concreto são os mais indicados

Espécies agroflorestais menores podem ser colocadas no centro do sistema, como o mamão, figo, limão, araçá, guabiroba, cabeludinha, côco-anão, açaí, laranjinha, pitanga, acerola e bicuda, arvores frutífera nativa da Ilha de Florianópolis, que possui frutinhas redondas, amareladas, e muito ricas em cálcio e magnésio

Depois da colheita que começa com o quiabo, o milho, o girassol, o feijão, o maracujá, depois ainda temos a crotalária, a batata-doce, a mandioca, inserimos ainda a mucuna preta e cinza (mucuna sp), para forrar o sistema de massa verde e de nitrogênio, sendo podada antes do inverno e deixada como mulching. Em Florianópolis, pode-se plantar milho até no inverno, mas ele é geralmente atacado por gralhas azuis e papagaios da região. Para isso colocamos bastante girassol para que estes animais tenham uma nova fonte de energia e nutrição, colaborando com a estética e a natureza, e descompactando os solos. Mas girassol é sinônimo de pura beleza e comida farta para todo mundo, usado como picles salgados, brotos e leite: uma ativador exponencial da inteligência

Ou seja, se ganha na produção, no enriquecimento do solo, mas em especial, se pode vender e doar grande parte das sementes... Pela net e em sites especiais

- Modelo de Agrofloresta II: Algodão + Laranjeira + Cabeludinha + Araçá + Mandioca + Lab-Lab + Abóboras + Morangas + Melancias: O algodão produz mais quando recebe aporte de nutrientes da poda das copas das mandiocas e da parte do cipozal do lab-lab, e as micorrizas das abóboras ativam o solo. A terra fica toda coberta de lab-lab, intensamente verde e cheia de mulching. Colhe-se muito algodão, morangas, aboboras e melancias facilmente. Frutas amadurecem cada uma na sua época. Comida não falta. Algodão serve para tecelagem e para artesanato com sementes, cachimbos e cabaças

- Modelo de Agrofloresta III: Mamão + Figo + Laranja + Limão + Banana + Leucena + Milho Roxo ou Vermelho + Feijão de Porco + Guandu + Batata-doce + Mandioca: Nos cantos laterais face sul, temos a banana consorciada com guandu, mamona e crotalária, todas estas sendo usadas para poda e adubação verde, e podem ser colhidas suas sementes para nutrição e venda. A batata-doce não vai bem com a banana, não são compatíveis. O plantio de tagetes ainda é aceito pelo bananal se houver luz. O Milho, com feijão-de-porco, quiabo, é plantado em linhas de 1 x 1 ms, e as árvores são cultivadas em sistema de triângulo a cada 8-10 ms. O mamão é uma planta rara na agroecologia, por que sofre muito ataque da doença antracnose, e no sistema agroflorestal e com o uso de pó-de-rocha, calcáreo e cinza podem ter uma incidência menor. Seu valor final atinge até R$ - 3.50/kg, sendo uma importante fonte de renda para feiras e mercados e venda local. A mandioca pode ser plantada bem espalhada, senão se torna dominante e inoportuna para manejo e plantio posterior em outras safras futuras. No inverno é interessante o plantio de ervilhaca neste setor com o tremoço ou aveia preta

- Modelo de Agrofloresta IV: Gergelim + Feijão Cariocão + Feijão Azuki + Aboboras + Morangas + Melancias + Feijão de Porco: Gergelim gosta de ser cultivado até janeiro, em linhas de 1 x 1 ms, e aprecia a compania do feijão, que sempre preservamos em mais de 10 variedades em nosso sitio. Colhe-se a cada kilo de gergelim ou sésamo plantado, 10 kgs de retorno, e é apreciado pelas mamangavas, que são insetos importantes e polinizadores para o maracujá. Neste sistema a novidade interessante é que após a capina amontoamos o material cortado no centro da lavoura, em uma pilha de 2 ms de altura, e deixamos ali tudo decompor durante 60 dias. Após isto, retiramos o inço que nasce na sua porção superior, capinamos e limpamos os cultivos, deixando ainda a beldroega, picão preto, caruru, serragem, tansagem, que são plantas espontâneas que inclusive vendemos para os vegans e naturistas nas ecofeiras, e esta matéria orgânica ou húmus acumulada, volta ao solo e aos cultivos, novamente, fechando um ciclo perfeito. O material verde é juntado e empilhado novamente. Então, aqui nada é queimado, o que é prática comum no Brasil, mas vira matéria orgânica, adubo, economia, saúde, dinheiro e qualidade de vida. Nestas áreas ainda temos araçás, pitangas, limão, banana, arnica, ginseng, em maiores escalas. A venda destes produtos é garantida nas ecofeiras e restaurantes, e há uma demanda imensa que não está sendo suprida

Gergelim adora o consórcio com o amendoim, outra técnica inteligente é se plantar primeiro a mandioca, intercalada com o ginseng (Phaphia paniculada), e nas mesmas linhas se coloca as sementes de gergelim em linhas de 1 x 1 m, com uma dosagem maior de adubação e correção. Nestas linhas podem ser adicionadas o feijão de porco junto o ano todo e a ervilhaca no inverno. A cultura do gergelim é linda, produtiva, é usada na fabricação de gersal e de tahine. Para isso tem que se bater o gergelim colhido antes de inteiramente seco no  espigamento, e ainda abanado e limpo com o uso de um secador de cabelo. È bom deixá-lo sob o sol durante vários dias

- Modelo de Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu + Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo, pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado, sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por que invade os arames do maracujá. Ainda pode entrar neste sistema o pepino e diferentes aboboras e morangas

Neste local temos uma bela e oportuna infestação de beldroegas – Portulaca speciosa L., uma planta que concentra grande quantidade de ômega 3 e 6

- Modelo de Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras + Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola + Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área. No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local. Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça

- Modelo de Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu + Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo, pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado, sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por que invade os arames do maracujá

- Modelo de Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras + Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola + Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área. No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local. Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça

“Só passa fome quem quer ou está dormindo, o planeta Terra é uma potência produtiva, mas as pessoas possuem suas mentes fechadas ou aprisionadas em modelos pouco abundantes e plenos. O planeta Terra continua sendo um belo jardim do èden”

- Temos na parte fronteiriça do sitio o plantio de paineira, jacarandá, ipê amarelo, ipê roxo, pau brasil, guarapuvu, canela-preta, abacate, araucária, leucena, e muita banana, maracujá, ora-pro-nobis, girassol nativo, conhecido como Tupinambur, uma nova espécie rica em nutrientes essenciais, que está sendo pesquisada para ser introduzida para o fabrico de farinhas especiais
Resultados:

Em uma área de quase 5.000 ms, avaliada em seu valor de mercado em 1 milhão de reais, podemos alimentar em condições de solos pobres, cerca de 50 pessoas mensalmente, e se as condições de fertilidade e de irrigação forem melhores, este número alcança mais de 200 pessoas/mês

A ampla diversidade de produtos, sementes, mudas, reciclagem de nutrientes, alternativas de renda e o impulso a criatividade, podem ser decisivos para quem busca novas soluções relacionadas ao uso mais sustentável, dinâmico e que traga mais retornos a sua terra. Esta é a missão de nosso instituto, propor estas soluções aos movimentos sociais rurais e urbanos, favelas e classes mais desfavorecidas

Nossa idéia inicial que foi sendo clareada aos poucos era de que a renda de nosso sitio não seria suficiente apenas com a venda de verduras e de algumas frutas. Mas a combinação de chás simples e compostos, fabricação de remédios fitoterápicos, paes e cucas medicinais, pizzas, pesto, bolos, biscoitos, granola, sucos verdes, ervas frescas, banana-passa, licores de maracujá, geléias de banana, artesanato, venda de sementes crioulas, frutas, legumes e verduras, poderiam ocasionar uma maior satisfação aos clientes e a geração de renda diversas e constante, inclusive através de nossos sites e redes sociais

Obvio que tudo isso exige muito trabalho, diário, mas com a harmonia, como uma meditação ativa, nós do Instituto Anima, levamos as nossas atividades, buscando não cansar, forçar a barra e estressar demais, ao mesmo tempo, não damos mole e deixamos as coisas muito para depois, mas justamente, sempre planejamos realizar “o futuro desde já ou até para ontem”. Pois o nosso amanhã desta forma se torna mais abundante, leve e prazeroso

As pessoas em geral não costumam realizar as tarefas simples com atenção e dedicação. Estão geralmente presos a desejos grandes materiais, pois para nós estas coisas maiores acontecem por que são atraídas pelo nosso trabalho e esforço realizado no passo a passo, e que busca a perfeição e grande eficiência. Apreciamos muito o velho ditado: “o negócio é ser pequeno”. E juntem muitas coisas pequenas bem feitas, para ver a força e a beleza que ficam: um exemplo de uma totalidade e felicidade, uma coerência maior muito grande que é demonstrada

O trabalho correto com a terra, dentro de uma visão holística, mais espiritualizada, aberta, faz a mente descansar, relaxar, e o organismo absorver muita energia, e assim ter mais saúde. Este é outro resultado qualitativo, que é esquecido normalmente: a agricultura pode servir como um processo terapêutico, básico para a formação de uma medicina integral preventiva e uma vida e sociedade mais saudável

“Imagine que a terra é feita 90 % de silício, e ele forma os cristais, e quando estamos em conecção com o trabalho com a agricultura, podemos absorver esta força cristalina, e nosso corpo, saúde e mente, se torna plena e clara, e purificada, feito um cristal “

Mas há fatores importantes que impactuam com propostas desta natureza, como a falta de recursos, o que é paradoxal, afinal só se fala em meio ambiente e sustentabilidade em todo o planeta, mas quando se busca as verbas dos projetos, elas normalmente ficam no papel e não são acessadas facilmente. Mas as causas deste absurdo é o desvio dos recursos por questões políticas, onde empresas de fachada são normalmente as que são beneficiadas, e que tecnicamente e historicamente não estão engajadas. Por isso que se recomenda que as iniciativas sejam muito focadas na produção e venda direta de produtos, e não dependam tanto de verbas oficiais

Para descrever os resultados de nosso projeto, nós montamos uma tabela explicativa, com receitas e custos. Ela é aproximada a nossa realidade.
Podemos observar que este projeto é viável, possui uma receita bem maior que seus custos, ainda que não esteja computando os investimentos de mão de obra, por que são próprias, e não terceirizadas. O mais interessante é a riqueza da diversidade de produtos, sua qualidade artesanal, a forma como são produzidas e a satisfação da clientela e seu respeito, que sempre cresce cada vez mais 

O fato é que estes sistemas podem ser adotados em outras realidades, onde alguns exemplos populares já existem em localidades pobres da Amazônia e do Nordeste brasileiro, sobretudo os produtores de açaí, de borracha natural e de leite de cabra.  Estas informações foram mostradas pelo Globo Rural na televisão, em alguns domingos pela manhã

Um dos aspectos também sensíveis é relacionado à autogestão e auto-suficiência alimentar e genética deste projeto, onde a qualidade da nutrição, dos produtos, sempre fresquinhos, plantados e colhidos por quem plantou, chega à mesa e podem ser degustados satisfatoriamente. Bem diferente de quem compra em um mercado e em um sacolão, aqueles alimentos pobres de nutrientes, muito envenenados, carentes de vitaminas e sais minerais. Este fator nutricional é muito importante, e resulta em uma receita qualitativa que não podemos mensurar

Relacionado às sementes, em um momento de séria crise ambiental, as sementes são bens valiosos, que precisam receber mais atenção e cuidados especiais. Seu plantio, seleção, armazenamento, é outra face da riqueza cultural e espiritual de um bom agricultor, que está zelando na verdade pelo futuro de nossa espécie em nosso planeta. Mas isto exige muita sabedoria, de quem realmente dá muito valor e prevê ou planeja um bom futuro, uma sustentabilidade, real

O lado da estética da paisagem, sua força vital, a presença de animais silvestres, a reciclagem dos resíduos, nos locais certos, a felicidade encontrada nos animais domésticos, como cães, gatos, galinhas, pássaros, a nutrição e zelo com os minhocários, o aroma e perfume das ervas, flores, presença de insetos, a pureza da água de poço, fazem de nosso projeto uma plena satisfação que traz paz, tranquilidade, amor ao próximo, muito serviço devocional e alegria a quem chega, um grande acolhimento à todos que nos visitam 

Por isso que dizemos que o ápice da humanidade é perceber que ela pode encontrar um equilíbrio novamente com a natureza, e ativar ainda mais os seus ritmos naturais e vitais, alcançando o zênite na agrofloresta e na permacultura. Na verdade, concluímos que podemos fazer deste planeta novamente um incrível e poderoso jardim do éden, como ele foi, e possivelmente voltará a ser, com ou sem a nossa presença

“A maior sabedoria do ser humano, será se dedicar por vidas a impulsionar e estruturar uma nova etapa da nossa eco-agricultura: a permacultura-biodinâmica”

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*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: Soja - A história não é bem assim : detalhes trági...: SOJA – A História Não É Bem Assim... Hummm, novamente, fica óbvio, que a raça humana para ser realmente humana, vai ter que repensar m...

Soja - A história não é bem assim : detalhes trágicos nutricionais

SOJA – A História Não É Bem Assim... Hummm, novamente, fica óbvio, que a raça humana para ser realmente humana, vai ter que repensar muito, o que ela focaliza como trabalho nobre e sábio. Se matar de trabalhar, para plantar algo que talvez seja uma alimento e uma nutrição ainda involutiva, é algo no minimo trágico. Somente uma educação espiritual, terapêutica, transcendente, nobre, que desperte uma consciência nova, exigente, ética, uma reconecção com a verdadeira humildade e o ser interno, uma forma de se atuar meditando, economizando energia, até mental, ecológica, e produzindo uma riqueza realmente necessária, não ANIMALESCA, é o que poderemos perceber que é o verdadeiro caminho de sustentabilidade para um futuro seguro. Hoje em dia, as pessoas mais evoluídas cada vez se alimentam menos, bebem mais sucos verdes e vivos, e dependem muito menos de grãos e alimentos industriais. Pensem nisso, e mudem para valer. Orua, www.institutoanima.org

http://www.novosrumosnews.com.br/dir/spatourlifems145.html

SOJA – A História Não É Bem Assim
Hoje em dia existe uma verdadeira febre de consumo de soja. Propagada como um alimento rico em proteí­nas, baixo em calorias, carboidratos e gorduras, sem colesterol, rico em vitaminas, de fácil digestão, um ingrediente saboroso e versátil na culinária, a soja, na verdade é mais um “conto do vigário” do qual a maioria é ví­tima.

É bem verdade que a soja vem da Ásia, mais especificamente da China. Porém, os chineses só consumiam produtos FERMENTADOS de soja, como o shoyu e o missô.

Por volta do século 2 A.C., os chineses descobriram um modo de cozinhar os grãos de soja, transfomá-los em um purê e precipitá-lo através de sais de magnésio e cálcio, formando o assim chamado “queijo de soja” ou tofu. O uso destes alimentos derivados de soja se espalhou pelo oriente, especialmente no Japão. O uso de “queijo de soja” como fonte de proteí­na data do século 8 da era cristã (Katz, Solomon H: “Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems”, Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).

 Não é à toa que os antigos chineses não se alimentavam do grão de soja. Hoje a ciência sabe que ela contém uma série de substâncias que podem ser prejudiciais à saúde, e que recebem o nome de antinutrientes.

Um destes antinutrientes é um inibidor da enzima tripsina, produzida pelo pâncreas e necessária à boa digestão de proteí­nas. Os inibidores da tripsina não são neutralizados pelo cozimento. Com a redução da digestão das proteí­nas, o caminho fica aberto para uma série de deficiências na captação de aminoácidos pelo organismo. Animais de laboratório desenvolvem aumento no tamanho do pâncreas e até câncer nessa glândula, quando em dietas ricas submetidos a inibidores da enzima tripsina.

Uma pessoa que não absorve corretamente os aminoácidos, tem o seu crescimento e desenvolvimento prejudicado. Você já notou que os japoneses são, normalmente, mais baixinhos? Já os descendentes que vivem em outros paí­ses e adotam as dietas desses paí­ses, costumam ter uma estatura maior que a média no Japão. (Wills MR et al: Phytic Acid and Nutritional Rickets in Immigrants. The Lancet, 8 de abril de 1972, páginas 771-773).

Fontes atualizadas sobre os malefícios da soja:


O efeito inibitório da absorção de aminoácidos pode comprometer a fabricação de inúmeras substâncias formadas a partir dos mesmos, entre os quais, os neurotransmissores. A enxaqueca, a cefaléia em salvas, a cefaléia do tipo tensional, e outras dores de cabeça, além de depressão, ansiedade, pânico e fibromialgia, são causadas por um desequilí­brio dos neurotransmissores. Qualquer fator que prejudique a sua fabricação, pode aumentar ou perpetuar esse desequilí­brio.

A soja contém também uma substância chamada hemaglutinina, que pode aumentar a viscosidade do sangue e facilitar a sua coagulação. Portadores de enxaqueca já sofrem de um aumento na tendência de coagulação do sangue e uma propensão maior a acidentes vasculares. A pior coisa para esses indiví­duos é ingerir substâncias que agravam essa tendência.

Tanto a tripsina, quanto a hemaglutinina e os fitatos, que mencionaremos a seguir, são neutralizados totalmente pelo processo de fermentação natural da soja na fabricação de shoyu e missô, e parcialmente durante a fabricação de tofu.
Os fitatos, ou ácido fí­tico, são substâncias presentes não apenas na soja, mas em todas as sementes, e que bloqueiam a absorção de uma série de substâncias essenciais ao organismo, como o cálcio (osteoporose), ferro (anemia), magnésio (dor crônica) e zinco (inteligência).

Você não sabia de nada disso?

Mas a ciência já sabe, estuda esse fenômeno extensamente e não tem dúvidas a respeito. Já comprovou este fato em estudos realizados em paí­ses subdesenvolvividos cuja dieta é baseada largamente em grãos. (Van-Rensburg et al: Nutritional status of African populations predisposed to esophageal cancer, Nutr Cancer, volume 4, páginas. 206-216; Moser PB et al: Copper, iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese lactating women and their breast-fed infants, Am J Clin Nutr, volume 47, páginas 729-734; Harland BF, et al: Nutritional status and phytate: zinc and phytate X calcium: zinc dietary molar ratios of lacto-ovo-vegetarian Trappist monks: 10 years later. J Am Diet Assoc., volume 88, páginas 1562-1566).

Claro que a divulgação desse conhecimento não é do interesse de toda uma indústria multibilionária da soja. A soja contém mais fitato que qualquer outro grão ou cereal. (El Tiney AH: Proximate Composition and Mineral and Phytate Contents of Legumes Grown in Sudan”, Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, 1989, pp. 67-78).

Para os demais cereais e grãos (arroz integral, feijão, trigo, cevada, aveia, centeio etc), é possí­vel reduzir bastante e neutralizar em grande parte o conteúdo de fitatos, através de cuidados simples, como deixá-los de molho por várias horas e, em seguida, submeter a um cozimento lento e prolongado. (Ologhobo AD et al: Distribution of phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some effects of processing. J Food Sci volume 49 número 1, páginas 199-201).

Já os fitatos da soja não são reduzidos por essas técnicas simples, requerendo para isso um processo bem longo (muitos meses, no mí­nimo) de fermentação. O tofu, que passa por um processo de precipitação, não tem os seus fitatos totalmente neutralizados.

Interessantemente, se produtos como o tofu forem consumidos com carne, ocorre uma redução dos efeitos inibidores dos fitatos. (Sandstrom B et al: Effect of protein level and protein source on zinc absorption in humans. J Nutr volume 119 número 1, páginas 48-53; Tait S et al, The availability of minerals in food, with particular reference to iron J R Soc Health, volume 103 número 2, páginas 74-77).

Mas geralmente, os maiores consumidores de tofu são vegetarianos que pretendem consumi-lo em lugar da carne!

O resultado?

Deficiências nutricionais que podem levar a doenças como dores crônicas, como dor de cabeça e fibromialgia. O zinco e o magnésio são necessários para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. O zinco, em particular, está envolvido na produção de colágeno, na fabricação de proteí­nas e no controle dos ní­veis de açúcar no sangue, além de ser um componente de várias enzimas e ser essencial para o nosso sistema de defesas. Os fitatos da soja prejudicam a abosrção do zinco mais do que qualquer outra substância.(Leviton, Richard: Tofu, Tempeh, Miso and Other Soyfoods: The “Food of the Future” – How to Enjoy Its Spectacular Health Benefits, Keats Publishing Inc, New Canaan, CT, 1982, páginas 14-15).

Por conta da tradição oriental, indústria da soja conseguiu inseri-la num patamar de “alimento saudável”, sem colesterol e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais vegetariano. Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas desinformados, ou melhor, mal informados por publicações pseudo-cientí­ficas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja, fornecendo conselhos, em programas de TV em rede nacional, no sentido de consumi-la na forma de leite de soja (até para bebês!!), carne de soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteí­na texturizada de soja, e a maior sensação do momento, comprimidos de isoflavonas de soja, sobre a qual comentarei mais adiante neste livro. A divulgação, na grande mí­dia, destes produtos de paladar no mí­nimo duvidoso, como sendo saudáveis, tem resultado em uma aceitação cada vez maior dos mesmos por parte da população.

Que prejuí­zo! (Não para a indústria, é claro).

Sabe como se faz leite de soja?

Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina. Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão. Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos antinutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteí­nas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão. (Wallace GM: Studies on the Processing and Properties of Soymilk. J Sci Fd Agric volume 22, páginas 526-535). Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.

A propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é à base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo, cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai para a sua mesa, e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias cancerí­genas. Este n-hexano reduz, também, a concentração de um aminoácido importante, a cistina. (Berk Z: Technology of production of edible flours and protein products from soybeans. FAO Agricultural Services Bulletin 97, Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas, página 85, 1992). Felizmente, a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral – alimentos estes normalmente evitados pelos consumidores de leite de soja.

Mas como? A soja não é saudável? Não é isso que dizem os médicos e nutricionistas?

Infelizmente, a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa à toda a indústria alimentí­cia. A alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio. Dois terços de todos os alimentos processados industrialmente, contém algum derivado da soja em sua composição. É só conferir os rótulos. A lecitina de soja atua como emulsificante. A farinha de soja aumenta a “vida de prateleira” de uma série de produtos. O óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos. A indústria da soja é enorme e poderosa.

E como se fabrica a proteí­na de soja?

Em primeiro lugar, retira-se da soja moí­da o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes quí­micos e alta temperatura. Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras. Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina. Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes! (Rackis JJ et al: The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details. Qual Plant Foods Hum Nutr, volume 35, pág. 232).

Não existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja a exibirem, nos rótulos, a quantidade de inibidores da tripsina. Também não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas deste produto. Que conveniente!
O povo… coitado… só foi “treinado” para ficar de olho na quantidade de coleterol – esta sim, presente em todos os rótulos. Uma substância natural e vital para o crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do organismo como um todo.

O povo nunca ouviu falar nos antinutrientes e inibidores da tripsina dos alimentos de soja. A proteí­na texturizada de soja (proteí­na texturizada vegetal, carne de soja) possui um agravante: a adição de glutamato monossódico, no intuito de neutralizar o sabor de grão e criar um sabor de carne.

Alguns pesquisadores acreditam que o grande aumento das taxas de câncer de pâncreas e fí­gado, na África, se deve à introdução de produtos de soja naquela região. (Katz SH: Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems. Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50). A minha dica: Quando consumir soja, utilize apenas os derivados altamente fermentados, como o missô e o shoyu. Mesmo assim, muita atenção para os rótulos. Compre apenas se neles estiver escrito “Fermentação Natural”, e se NÃO contiverem produtos como glutamato monossódico e outros ingredientes artificiais. Quando consumir tofu, certifique-se de lavá-lo com água corrente, pois grande quantidade dos antinutrientes ficam no seu soro.

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14 de maio de 2012

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Importância do Plantio e Comercialização de Erva...

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A Importância do Plantio e Comercialização de Ervas Medicinais produzidas em sistemas de Policultivos e na Permacultura




Título:

A Importância do Plantio e Comercialização de Ervas Medicinais  produzidas em sistemas de Policultivos e na Permacultura

Autores: Eng. Agrônomo. Mauro Kassow Schorr e Bióloga Maristela Ogliari

E-mail: institutoanima@yahoo.br

Instituição: Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável

ÁREA 1: Biologia e Agronomia (Cultivo, armazenamento, secagem, Biopirataria, Genética);

Termos: Agroflorestas ou Agroforestry systems, Agrossilvicultura ou Agrosilviculture, Permacultura ou permaculture


Sites:  www.institutoanima.org e www.permaculturabr.ning.com

1. Título:

A Importância do Plantio e da Comercialização de Ervas Medicinais produzidas em Sistemas de Policultivos Agrícolas e na Permacultura no sul da Ilha de Florianópolis.

2. Resumo:

Buscamos investigar quais os mais importantes estudos relacionados ao tema “Policultivos Agrícolas”, e sua relação com sistemas agroflorestais, agrosilvopastoris e com a moderna ciência da permacultura, destacando-o com uma importante ferramenta para a agricultura familiar, na geração de novas alternativas de renda e de abundância alimentar, e sendo fundamental sua introdução no processo de agricultura moderna denominado de agronegócio, para atenuar seu severo impacto social e ambiental. O plantio, uso e múltiplas utilizações de mais de 60 espécies medicinais que estão sendo cultivadas serão abordados, bem como a forma de sua comercialização em ecofeiras, lojas e em nosso site, www.institutoanima.org. Parte de nossas conclusões e experimentações provem de nossas atividades práticas no Sitio Cristal Dourado, sede atual de nossa organização, o Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável, no sul da ilha de Florianópolis. Palavras chaves: Policultivos, Permacultura, Saúde Integral.


3. Tema de investigação: Sistemas de cultivo agrícolas indígenas, quilombolas, alternativos, agroflorestais, agroecológicos, e permaculturais, que possam manter diversas espécies diferentes sendo cultivadas, em diferentes estratos, trazendo maiores alternativas de nutrição e de geração de renda, maior equilíbrio no controle de pragas e da influência do vento, erosão, stress hídrico, evapotranspiração, reciclagem de nutrientes, entre outros fatores, relacionando estas tecnologias e ciências modernas mais sustentáveis com uma abordagem mais holística, sistêmica, sobretudo com a qualidade de vida, nutrição saudável e a medicina preventiva.  

4. Introdução:

Um bom exemplo de policultivos é da cultura indígena Marajoara, que existiu no estado do Pará, datada com pelo menos 2.000 anos de história, na Amazônia pré-colombiana. Avanços nas pesquisas arqueológicas e a releitura das crônicas dos primeiros viajantes indicam que havia grandes complexos populacionais ao longo dos rios principais. Essas sociedades tinham uma cultura material muito elaborada, e representavam um processo de desenvolvimento cultural de mais de 3.000 anos, alicerçado numa série de adaptações ao meio ambiente amazônico. Possuíam sistemas de produção agrícola baseados em um grande número de variedades de plantas cultivadas, nos quais o plantio de árvores frutíferas fazia parte, provavelmente contribuindo à diversidade e segurança alimentar. (Miller, Robert P. Sistemas Agroflorestais Indígenas na Amazônia: uma visão histórica. Agência de Cooperação Técnica a Programas Indigenistas e Ambientais. Brasília- DF).

Em um curso realizado na Fundação Anchieta em 1987, em Cuiabá, estado do Mato Grosso, Brasil, descreveu-se que grande parte da preservação milenar dos castanhais amazônicos provém da ação direta dos povos indígenas, e que os seus roçados, principalmente da etnia Kaiapó, possuem mais de 140 espécies diferentes sendo cultivadas em consórcio agroflorestal. (Posey, Darrell A. Manejo da Floresta Secundária, capoeiras e cerrados (Kaiapó). In: Ribeiro, Berta (Coord.). Suma Etnológica Brasileira. Petrópolis: Vozes/Finep, 1986, p. 173-185).

A sabedoria indígena é muito grande no manejo dos seus cultivares, pois algumas tribos colocam formigas incompatíveis ou “inimigas”, ou seja, de diferentes espécies, no formigueiro uma das outras, e assim elas trazem um menor nível de dano econômico, e costumam ainda, valorizar o cultivo da batata doce, por que ela cobre rapidamente o solo e afasta as principais ervas invasoras.  Ainda mantêm pequenas árvores frutíferas em crescimento, as replantando nos roçados, e seleciona e mantêm em áreas estratégicas, espécies que são atrativas para a caça noturna, sobretudo.
  
Entre essas práticas, este manejo agroflorestal indígena, é a matriz também da agricultura das comunidades tradicionais caboclas ou coloniais, que não só propiciam o aumento da biodiversidade, mas também pela sua itinerância nos espaços territoriais, prescinde do uso de fertilizantes e agrotóxicos, além de estar pouco dirigida ao mercado, o que pressiona menos o ecossistema. (Bertho, Ângela. Os Índios Guarani da Serra do Tabuleiro e a Conservação da Natureza. Tese de Doutorado. Dpto. De Antropologia. UFSC. 2005 p.13).

As culturas indígenas, sendo dotadas de uma racionalidade diferenciada em sua visão de mundo e cosmologia, em que cultura e natureza se interrelacionam, são importantes aliadas para a construção de um manejo em que, saberes tradicionais e científicos pode contribuir para a sustentabilidade ecológica e cultural. Propõe-se a integração dos direitos indígenas, a valorização e o resgate de seus saberes tradicionais, especialmente os concernentes à sustentabilidade ecológica (Diegues, 2000, p.1-46; Roué, 2000, p.67-79; Castro, 2000, p.165-182; Colchester, 2000, p.225-256).

Há uma série de experiências no mundo sobre sistemas agroflorestais sucessionais. Conhecem-se, na literatura, vários exemplos de sistemas agroflorestais que apresentam a característica que nos remetem a identificá-los como que análogos aos ecossistemas locais, às florestas tropicais, e que a sucessão ou os princípios da sucessão ecológica estão presentes. Podemos citar como exemplo os diversos quintais agroflorestais, de comunidades tradicionais de ribeirinhos, quilombolas, caiçaras, dentre tantos outros; os sistemas de produção de algumas etnias indígenas da Amazônia, como os “Borá”, por exemplo, no Peru, apresentados por  Devenam & Padosh, 1987; os “Kayapó”, da bacia do rio Xingu, por Posey, 1984 e 1987); e também as experiências com as chamadas florestas análogas (Analog Forest), desenvolvidas por NSRC (NeoSynthesis Research Centre), no Sri Lanka, pela rede coordenada pela Environment Liaison Centre International em Nairóbi, no Kenya, e formada por algumas ongs na Costa Rica, e pelo UNOCYPP – Equador. Esses sistemas agroflorestais buscam reproduzir a arquitetura e ecologia dos sistemas naturais, tendo como foco a identificação e incorporação de biodiversidade (Senayake & Mallet, 1997; Senayake & Jack, 1998; Senayake, 2001).

Os sistemas agroflorestais biodiversos, desenvolvidos com base nas experiências do técnico agroflorestal e cientista Ernst Götsch, que possui uma propriedade modelo no sul da Bahia – BR, são chamados por alguns pesquisadores de Sistemas Agroflorestais Regenerativos Análogos (Safra; Vaz, 2001).


Os conhecimentos ou fundamentos de muitos desses sistemas agroflorestais sucessionais, que têm raízes em culturas milenares, não estão sistematizados, ou não se encontram explicitados. Frutos do empirismo, esses sistemas complexos funcionam, mas muitas vezes não se sabe como ou porque, e torna-se difícil reproduzi-los ou generalizá-los, ou ainda adaptá-los em condições distintas das de onde essas agroflorestas são originalmente encontradas. (Peneireiro, Fabiana. Fundamentos da Agrofloresta Sucessional).

E muitas vezes são sistemas que se tornam pouco eficientes no sentido da geração de renda, e um novo olhar pode ser realizado, potencializando-se alguns cultivos, combinando espécies até exóticas, diminuindo seu impacto ao ambiente nativo, e introduzindo novos ecótipos ou variedades, até quase extintas, e podemos enriquecer o solo com os chamados adubos verdes. (Schorr, M. K. Sistemas Agroflorestais para o Brasil. Instituto Anima. Itajaí. 2001. P.60).

Portanto, o primeiro passo é buscar no ecossistema do lugar, os fundamentos para a construção dos agroecossistemas. No caso das regiões amazônicas ou de mata atlântica, devemos nos inspirar nos ecossistemas de floresta tropical. Esse tipo de ecossistema apresenta alta biodiversidade, com plantas ocupando diferentes estratos, e grande quantidade de biomassa. Portanto, nessas regiões, os sistemas produtivos, para serem sustentáveis, deverão ser agroflorestas, biodiversas e multiestratificadas.

Uma floresta não é estática. Ela segue a dinâmica da sucessão natural, onde os consórcios das plantas são substituídos pelos subseqüentes. Assim, a construção de uma agrofloresta deverá seguir esses mesmos preceitos, aonde os consórcios das plantas agrícolas, combinadas com outras plantas de interesse econômico, nativas ou não, vão se seguindo, de acordo com o tempo de vida das plantas, ocupando da melhor maneira possível o espaço vertical, ou seja, de forma que haja diferentes estratos.

Numa floresta encontram-se plantas bem próximas uma das outras, desenvolvendo-se muito bem, donde concluímos que as plantas não competem entre si desde que a combinação delas seja adequada. Dessa forma, as agroflorestas, que também podem ser chamadas de florestas de alimentos ou florestas de produção, buscam produzir alimentos e outras matérias-primas a partir de um tipo de sistema de produção que se assemelha a uma floresta biodiversa em estrutura e função.

Aqui é o detalhe mais importante: qual tipo de combinação teremos para os primeiros anos, e para uma idade clímax natural, de mais de 20 anos após o início do manejo? É preciso muita observação da realidade etnobotânica local, da preferência dos mercados, dos hábitos da fauna e da cultura nativa.

Podemos lutar contra o aparecimento natural das florestas, mas esta é a tendência natural do planeta, é sua forma natural de repovoar-se e abastecer-se novamente de todo o seu potencial vital. Na permacultura, temos as zonas I a V, e as florestas normalmente são bem vindas na zona V. Na biodinâmica se reserva áreas onde a entrada de seres humanos não se faz possível. A idéia é manter zonas totalmente selvagens, para que a vida do planeta seja mantida livre da influência de nossa civilização. Isto é importante para o equilíbrio do ecossistema e das bacias hidrográficas, e a real preservação da vida para as novas gerações.

Nossa intenção é trazer mais o componente florestal para perto das estradas, quintais, lavouras, hortas, cercas, rios, nascentes, para que possamos neutralizar principalmente os níveis muito assustadores do efeito estufa em nossa atmosfera e realidade ambiental atual em todo o planeta. E que isto seja à base da formação de uma nova mentalidade em todo o planeta. Na verdade, este nosso mundo é um “belo jardim do éden”, com a riqueza natural que possui, simplesmente poderíamos nos tornar crudívoros e frugívoros, como é a moda do slow food atual, poeticamente "um dia aposentadoríamos as enxadas, deixando os pássaros plantarem as sementes que eles se alimentam". Isto ocorre em alguns locais, como modernas ecovilas, mas pode representar algo que não queremos enfrentar, compreender e viver. Mas de certo modo, seja o ápice de nossa evolução cultural e espiritual em nossa rápida passagem pela terra.

Para isso, compreender o funcionamento da floresta e sua dinâmica é fundamental, e a sucessão natural é o princípio que deve orientar a elaboração e as intervenções no sistema. Podemos começar a compreender os princípios sucessionais quando observarmos que uma área degradada, depauperada pelo ser humano, e considerada improdutiva em termos agrícolas, quando fica em pousio, a própria vegetação, fauna e microrganismos ou seres muitas vezes considerados, pelo ser humano como pragas, plantas daninhas, recuperam o solo e então o(a) agricultor(a) pode voltar a produzir alimentos naquele local, ou seja, os seres vivos atuam no sentido de aumentar os recursos vitais e nutricionais para a vida no lugar.

Uma das características universais de todo o ecossistema é a mudança contínua a que está submetido (Gomez & Wiechers, 1976). O processo clássico de sucessão secundária envolveria a substituição de grupos de espécies ao longo do tempo, à medida que estes predecessores fornecessem condições mais favoráveis ao desenvolvimento das espécies já presentes na área, com crescimento lento e estabelecimento de espécies mais tardias (Egler, 1954).

Mas estabelecer um sistema agroflorestal, não significa abandonar a área e a visitar a cada seis meses, é um processo de manejo contínuo, potencializando todas as áreas por metro quadrado. Então, se mudas morrem, ou estão fracas, se substitue e se aduba, corretamente.

Diversas tendências estruturais são esperadas ao longo do processo sucessional, como o aumento da diversidade, da eqüabilidade, do número de estratos, etc., à medida que a comunidade atinge um nível estrutural mais complexo (Odum, 1969). Além do aumento da biodiversidade, são notáveis as transformações ambientais no decorrer da sucessão, como a transferência de nutrientes livres do solo para a comunidade biótica ao longo do processo, reduzindo sua perda; a melhoria da estrutura edáfica pela produção de matéria orgânica, além de modificações do microclima (Gomez & Vasquez ,1985).

Segundo Götsch (1995), sucessão natural é um processo que pressupõe mudança da fisionomia e das populações no espaço e no tempo, no sentido de aumento de qualidade e quantidade de vida. Nos estudos sobre sucessão ecológica observamos que são consideradas apenas as espécies arbóreas e praticamente são desprezados os outros portes vegetais. Da mesma forma, poucos são os autores que correlacionam a vegetação com a fauna, e mais especificamente, com a fauna do solo.

Sabe-se, por exemplo, que à sucessão das espécies vegetais acompanha a sucessão animal e também da fauna do solo. Lal, 1992, estudando a sucessão da fauna do solo em área degradada, em processo de recuperação, identificou diferentes estágios, sendo que, em áreas degradas, com micro-clima quente, seco, com pouca cobertura vegetal, há predomínio de colêmbolas; havendo o aumento de serrapilheira há presença, em alta densidade de larvas de dípteros, colêmbolas, carabídeos predadores e aranhas, podendo haver uma população mínima de minhocas; quando vai se avançando na sucessão, com crescente produção de matéria orgânica, há predomínio de minhocas epigeicas, seguido das anécicas, culminando com um notável aumento da atividade da fauna saprófaga.

Em estudo comparativo entre sistema agroflorestal sucessional implantado por Ernst Götsch e uma capoeira de mesma idade, observaram-se que as intervenções acabam por acelerar o processo sucessional. Com relação à fauna de solo observou-se essa tendência, predominando espécies predadoras na mesofauna do solo da área de capoeira enquanto que na área de agrofloresta as espécies saprófitas eram as mais abundantes, tendo sido encontrado inclusive minhocuçu (Rinodrillus sp.) (Peneireiro, 1999)

Se fizéssemos uma experiência simples: se identificássemos capoeiras de diferentes idades, próximas umas das outras, sobre mesmo tipo de solo, posição do relevo e histórico de uso, e delimitarmos pequenas parcelas de 25 m2, onde quantificaríamos, em cada uma delas, o número de espécies e o número de indivíduos por espécie, observaríamos que, conforme aumenta a idade da vegetação da parcela, o número de espécies se eleva e a densidade de indivíduos por espécie diminui.

 Utilizando desse importante ensinamento da própria natureza, conclui-se que é importante, na implantação das agroflorestas, que as espécies sejam introduzidas em alta densidade e alta biodiversidade. A introdução de árvores em alta densidade, em conjunto com as espécies de ciclo de vida curto e médio, reduz inclusive a mão-de-obra e viabiliza o bom desenvolvimento das plantas, caso contrário, poderá haver um combate insano contra as “ervas daninhas”, que indubitavelmente surgirão para ocupar o espaço desocupado.

Modernos Conceitos de Policultivos e de Sistemas Agroflorestais - SAFs

“Sistemas Agroflorestais” ou SAFs são sistemas de uso da terra que buscam aproveitar ao máximo as condições ambientais e ecológicas presentes em um ambiente produtivo agrícola e que para isso consorciam ou combinam espécies compatíveis e de interesse agronômico e ecológico em diferentes estratos e composições vegetais. Os objetivos de produção e de utilização culturais, níveis de utilização radicelar dos solos ou da profundidade de penetração de suas raízes, proteção e regulação da etologia ou do comportamento das pragas e agentes biológicos, entre outros são demais funções e cuidados que estes sistemas de produção agrícolas utilizam para serem com ampla eficiência implementados. (Schorr, M. Fundação Cidade da Paz, Brasília, DF, 1992).

“Sistemas Agroflorestais” são aqueles sistemas que aumentam o rendimento e o melhor aproveitamento de uma área agrícola, combinam a produção de culturas agrícolas, espécies florestais e animais simultaneamente ou em seqüência, na mesma unidade de área, e ainda empregam práticas de manejo compatível com as práticas da população local. (Kopijni, A.). Um dos principais agrossilviculturistas da atualidade, é holandês, fez sua formação na Índia, é um consultor internacional nesta área e vive em Botucatu, na Comunidade Demétria - SP).

“Sistemas Agroflorestais” são formas de uso e manejo da terra, nas quais árvores e arbustos são utilizados em associação com cultivos agrícolas e/ou animais, numa mesma área, de maneira simultânea ou numa seqüência temporal. (Dubois, Jean, Talvez o maior especialista brasileiro em sistemas agroflorestais para a Amazônia e preside uma ong chamada de REBRAF- Instituto Rede Brasileira Agroflorestal - RJ).
             
Os “Sistemas Agrossilvipastoris” são aqueles sistemas onde existe a interrelaçåo entre os componentes da produção agrícola, florestal e animal (Baggio, A., Centro Nacional de Pesquisa de Florestas, EMBRAPA, Colombo - PR. É um engenheiro-florestal, doutor em Sistemas agroflorestais na Espanha).

Sistemas Agroflorestais é um manejo sustentável da terra que permite incrementar a produção total combinando agricultura, produção de árvores florestais e frutíferas e ou animais simultaneamente ou seqüencialmente, e que seja compatível com o padrão cultural da região (Bene et al., 1977).


Tab.1.0. Consorciações possíveis e Conceituação
dos Sistemas utilizados em Agrosilvicultura
(Adaptado de Combe; Budowski - CATIE)

Cultivos Agrícolas
Florestas
Pecuária


Cultivos Agrícolas, Pomares, Árvores

Árvores Perenes, recomposição da Flora, escolha de espécies econômicas

Criação Animal, Pastos, Fenação

Sistema Silvo-agrícola


Sistema Agrossilvopastoril


Sistema Silvo-pastoril

Evolui para Sistema Agroflorestal

Torna-se um Sistema Permacultural

Evolui para uma Permacultura com Animais



Cultivo em Aldeias,
Agricultura Familiar e
Empresarial
Cultivos Múltiplos
Policultivos
Aléias
Árvores Frutíferas em Lavouras, Tanques, etc


Árvores que fertilizam
os solos                       Florestas Sustentáveis
tradicionais e modificadas
Florestas Medicinais
Reprodução de Climax
Novas espécies
Apicultura, Animais Silvestres


Pastoreio e produção de forragem em plantações florestais. Pastoreio e produção de Pastos complexos, com Cercas Vivas e Arborização. Aléias            para a produção de Forragem



Hortos Agrícolas
Extrativismo Sustentável
Permacultura Abundante


Quebra-ventos, Quebra-fogos
Madeira para Construção, Lenha
Plantas Ornamentais
Cogumelos, Mel



Bancos de Proteína
Múltiplos Pastos
Adubos Orgânicos



Como se pode observar esta classificação demonstra quais são os principais tipos gerais de combinação entre os elementos que participam da agricultura, as culturas, florestas e animais. Todos bem combinados podem dar origem a uma agricultura mais permanente, ecossistêmica, orgânica, biodinâmica, permacultural, sustentável e multicomercial.

Tipos de Sistemas Agroflorestais

São aqueles sistemas que são associados a culturas agrícolas anuais ou perenes, com espécies florestais. São classificados por:

Método Taungya ou Cultura Intercalar: Consiste no estabelecimento de cultivos florestais com culturas agrícolas. Emprega o cultivo de espécies anuais nos primeiros anos do cultivo de uma floresta ou de um SAFs. Exs: Bracatinga com feijão, arroz, milho; Cacau com banana, milho, feijão, café; Castanheira com café, banana, pupunha, milho, mandioca, entre outros.
Consorciações para SAFs Amazônicos mais Encontradas:
- Guarubá + Mogno + Banana + Cupuaçu + Ingá-cipó + Milho + Mandioca + Feijão: produção de alimentos, madeira de lei, é um dos mais tradicionais.

- Andiroba + Freijó + Mandioca + Milho + Feijão: produção de óleo, madeira, alimentos.

- Tatajuba + Paricá + Eucalipto + Panicum maximum + Centrosema pubescens + Braquiaria humidicola + Estilosantes: para minimizar o impacto de monocultivos de pastagem e queima da floresta. 

- Freijó + Café + Milho ou Feijão ou Mandioca: ótimo para café sombreado.

- Seringueira + Ipê-roxo + Mogno + Cacau + Banana + Café + Cana: borracha, madeira, lenha, remédio, frutas e alimentos. Ótimo para o café.

- Freijó + Café + Arroz: tradicional para a agricultura familiar

- Castanha + Cupuaçu + Ingá + Andiroba + Copaíba + Banana + Milho + Mandioca + Batata-doce: Castanha, madeira, frutas de exportação e para consumo interno e agroindustrialização, cereais e óleos de alta qualidade,

- Cumaru + Freijó + Banana + Cupuaçu + Ingá + Milho + Feijão Caupi: produtos medicinais para a indústria de cosméticos, temperos, condimentos, madeira, frutas, forragem animal, grãos.

- Castanha + Freijó-louro + Pupunha + Banana + Pimenta-do-reino + (Milho, Feijão, Mandioca, Arroz, etc.): muito bom para a mata mais fechada e úmida.

- Freijó-louro + Seringueira + Café: madeira e produção em maior escala de Café.

- Cacau + Banana + Pimenteira + Pupunheira + Mandioca: para pequenas propriedades, pode ser plantado em nível e é muito tradicional.

- Pimenta + Pupunheira + Bandarra + Freijó Louro: madeira, lenha, alimentos, palmito de alta qualidade.

SAFs de maior ocorrência no Nordeste

- Algaroba + Palma + Agave + Guandu + Leucena: para o semi-árido, um sistema agroflorestal - SAF mais tradicional para pastagem. Possui ainda baixo aproveitamento energético e permacultural. Deveria ser combinado com o uso intenso de matéria-orgânica na forma de mulching, uso de cercas vivas e formação de bosquetes mais úmidos com cedro, mogno, castanheira, açaí, oiticica, dendê, maniçoba, leguminosas como algaroba, eritrina, grevilha, leucena, ingá, entre outros.

- Leucena + Guandu + Palma + Milho + Cana + Calopogônio: para colheita de Milho, como forrageira e para pastagens durante a seca. O gado vai ter pasto com leguminosa e vai ganhar peso e sombra.

- Castanha + Seringueira + Côco + Banana + Cacau + Cana + Melancia + Milho: um SAF que poderá fornecer muitos resultados econômicos e enriquecer a dieta dos agricultores na região. Áreas mais próximas as matas amazônicas.

- Palma + Algaroba: pastagens sombreadas com o uso da leguminosa.

- Babaçu + Arroz: colhe-se óleo, castanha e o cereal.

- Árvore de Niem + Arroz: sugestão para SAF no semi-árido.

- Algaroba + Capim-buffel: para pastos no semi-árido, pode-se introduzir a glicirídea, a leucena, o guandu e o calopogônio.

- Caprinos + Avelós: semi-árido. Recomenda-se o uso de bosquetes e a integração com os sistemas silvopastoris que utilizam leguminosas em aléias consorciadas com as pastagens.

- Côco + Cacau + Maniçoba + Abacaxi: na zona da mata, é bem econômico. A Maniçoba produz borracha.

- Maniçoba + Guandu + Palma: zona do semi-árido com pastoreios rotativos.
                 
 - Leucena + Sorgo + Mucuna ou Feijão-bravo-do-Ceará: semi-árido e zona-da-mata, plantio em aléias e para pastoreio e adubação verde.


SAFs de maior ocorrência no Cerrado:
        
- Castanheira + Mogno + Jacaranda + Angico + Jatobá + Copaiba

- Acerola + Estilosantes + Abacaxi + Batata-doce + Milho + Feijão-de-porco + Guandu
- Pequi + Caju + Pupunha + Algodão

- Caju + Pequi + Mangaba + Umbu + Manga + Abacaxi + Soja: rotacionada com milho e bancos de proteínas

- Mogno + Jacarandá + Sobrasil + Angico + Arueira + Jatobá + Jequitibá + Ipê, em SAFs com Castanheiras + Copaibeiras + Café + Mandioca + Milho: Precisa ir plantando durante os primeiros 4 a 6 anos com muita poda.

- SAF Medicinal: Ipê-roxo + Ipê-amarelo + Copaíba + Sucupira + Barbatimão + Ervas Medicinais: em áreas de monocultivos de agronegócio, como uma importante alternativa de renda.

SAFs importantes para a Região Sul e Sudoeste do Brasil:

- Araucária + Imbuia + Peroba + Louro-pardo + Culturas Anuais: ótimo consórcio para o Norte do Paraná, região de Londrina. A idéia é reflorestar as áreas verdes que estão mal manejadas para proteger as suas nascentes e produzir madeira de lei e grãos.

- Araucária + Aroeira + Erva-mate: consórcio muito utilizado no PR, SC e até RS. É excelente para ser utilizado com pastagens.

- Bracatinga + Erva-mate + culturas anuais: muito utilizado perto da região de Curitiba. A Bracatinga é uma espécie leguminosa das mais importantes para os SAFs do Sul do Brasil.

- Cultivo em Faxinal + Pastagens: ocorre no PR, SC e RS, onde um conjunto de até 80 espécies vegetais é consorciado com o pastoreio de animais, em áreas de maior declividade e em solos mais ácidos, e de forma comunitária.

- Araucária + Erva-mate + Pastagens: muito comum onde se colhe a erva-mate, vende-se pinhão e ainda podem-se conduzir excelentes rebanhos. Pode fornecer uma renda muito elevada com a venda da madeira e da erva-mate.

- Seringueira + Côco + Citrus + Cana com Guandu em Aléias: em climas mais tropicais pode-se introduzir árvores maiores como a seringueira, o côco, afim de aumentar a receita da comercialização de seus produtos.

- Bracatinga + Erva-mate + Araucária + Trigo, Soja e Milho em rotação: este consorcio é muito interessante por que a Bracatinga é uma espécie que pode recuperar a fertilidade dos solos, descompactar horizontes mais profundos e fornecer uma excelente lucratividade.

- Fícus + Marica + Bergamota + Pastagens: para a região leste ou litorânea. Produz sombra para o gado.

- Acácia + Pastagens: são leguminosas que possuem a capacidade de fixar nitrogênio e produzir uma elevada quantidade de madeira/ha. Pode ser consorciadas ainda com Acacia mangium, A. auriculiformis, A. crassicarpa, A. holosericea, Erythrina poeppigiana, Zeyhera tuberculosa, Tabebuia rosea, Joanesia princeps,    Terminalia catapa, T. ivorensis, Albizia caribea, A. falcata, Mimosa caresalpinifolia, Cordia alliodora e Pterygota brasiliensis.

- Café + Ingazeiro ou Leucena ou Banana ou Grevilha: muito utilizado na região de SP e PR, e ajuda muito na produtividade da produção de café.

- Maracujá + Guandu + Milho + Amendoim + Quiabo + Girassol + Aboboras + Melancias - Feijões Vagem Guaranis (Adubo verde e alimento): indicado para a região de Florianópolis – SC.

Cultivo em Aléias (Alley Cropping): São cultivadas espécies úteis para a recuperação da fertilidade natural dos solos nas ruas entre as fileiras ou renques plantados com espécies arbóreas, geralmente leguminosas, onde sofrem podas periódicas durante o ano. Estas barreiras de proteção para as culturas agrícolas são mantidas com portes baixos. São cultivadas inclusive em curvas de nível e em terraços como quebra-ventos, cercas vivas, etc. Sua grande vantagem é que os animais se alimentam e o solo é fertilizado diretamente com o corte de suas restevas que são dispostas normalmente entre as linhas dos cultivos. Podem revitalizar um ambiente rapidamente e trazer muita economia no manejo do gado. Também são muito importantes como corredores de combate e prevenção aos incêndios florestais, onde são montadas em áreas próximas às florestas, com o plantio de faixas concentradas de até 5 ms de largura. Faixas maiores são camadas de “Quebra-fogos” ou Stop-fires. Exemplos: acácias, leucena, algaroba, caliandra, erytrina. entre outras.

Alley Farming: Introdução dos SAFs com animais em pastagens diversificadas. Pesquisa-se a forma de mastigação dos animais e a altura do pasto que consomem, assim podem colocá-los conjuntamente ou em rotações mais inteligentes. O consórcio de aves com coelhos é muito conhecido e utilizado no México e América Central, o esterco dos coelhos possui vermes e insetos para as aves alimentarem-se.

Arborização de Culturas: Utilizam-se espécies arbóreas de porte médio e alto para a produção de madeira, frutos ou usos múltiplos, plantadas a espaçamentos regulares e amplos permitindo inclusive a mecanização. São os chamados “Sistemas Agroflorestais Tradicionais”. São muito importantes para as zonas de transição entre as matas e os campos, para a região do Cerrado Brasileiro, para os sistemas de produção monoculturais de cana-de-açúcar e soja no Brasil, para as comunidades autóctones da Amazônia, entre outras.

Árvores para Sombreamento: Espécies arbóreas de porte médio e alto, madeireiras, frutíferas ou para usos múltiplos, usadas para a proteção de culturas agrícolas anuais ou perenes de sombra (Cacau, café, pupunha, cardamomo, gengibre, medicinais, etc). São formados de forma mais densa e compacta.

Suporte para Trepadeiras: Árvores e arbustos para uso como esteio de culturas como maracujá, uva, chuchu, cará, pimenta-do-reino, guaraná, etc. É usado o bambu, acácia, grevilha, eucalipto, arueira, mogno, cedro, entre outras.

Integração Piscicultura-Bosque ou Aquassilvicultura: árvores cujos frutos sejam aproveitados para alimentação de tanques de piscicultura. Ex: Araçá, guavirova, pitanga, goiaba, pessegueiro, videira, citrus, murici, banana, etc.

Árvores em Matas Ciliares: Palmito e reflorestamento de árvores para conter enxurrada e erosão de rios, normalmente para fins comerciais, como abacateiro, citrus, pereiras, mangueiras, banana, graviolas, cupuaçu. Os rios podem ser repovoados com aguapés e vitória régia, mediante estudos de capacidade.

Árvores de Valor Comercial: Espécies florestais que são cultivadas em áreas específicas, normalmente em terrenos inclinados, na forma de bosques úmidos ou não, que objetivam a venda futura de madeira para movelaria principalmente. Também são cultivadas para cercas vivas inclusive de divisas territoriais e para sombreamento de estradas. Mais comum é o eucalipto, cedro, mogno e araucária.

Árvores para Melhoramento da Fertilidade dos Solos: Espécies florestais que possuem a capacidade de nitrogenar o solo enriquecendo-o com níveis de nitrogênio e fósforo muito mais elevados e são cultivadas normalmente em práticas mais longas de pousio, no repovoamento de florestas. Também são utilizadas em sistemas agroflorestais, sobretudo nos sistemas de cultivo em aléias ou alley cropping. Ex: Angico, leucena, grevilha, etc.

Agricultura Indígena Tradicional Amazônica: Esta agricultura aborígene amazônica chega a introduzir um consórcio com 140 espécies diferentes de aproveitamento alimentar, medicinal, para combater pragas e atrair caça. Possui o uso da batata-doce como planta básica de controle da regeneração natural da floresta. Seu sistema mais sustentável possui uma razoável fonte de vitaminas, energia e proteínas.

Agricultura em Patamares ou “Slopping Agricultural Land Tecnology”:  Agricultura praticada por exemplo nos Andes e nas Filipinas em plantações de arroz em terrenos declivosos, utiliza SAFs para contenção da erosão e proteção do solo.


As Vantagens e as Limitações dos Sistemas Agroflorestais

A formação dos SAFs engloba como norma básica uma estrutura agrícola diversificada, menos dependente de recursos externos, mais regenerativa e que melhora a qualidade de vida e do meio-ambiente. Ainda é descentralizada nos conteúdos e formas de organização social e política. Seus objetivos consistem basicamente de:   

- Aumentar a utilização e rendimento fotossintético dos vegetais. Isto também segue prioridades. Uma delas, é a busca de novas descobertas de ordem genética (pesquisa etnobiológica, engenharia, citogenética e biotecnologia), outra, é a estratificação vertical e melhor combinação horizontal adequada das plantas (Permacultura, engenharia florestal e SAFs diversos).

- Incrementar a melhoria de fertilidade dos solos e reciclagem de nutrientes, diminuindo o impacto dos fatores interperizantes, usufruindo das técnicas de conservação e manejo adequadas.

- Ocupar da melhor forma diferentes horizontes de solo e extratos aéreos verticais trazendo proteção maior contra ventos e tempestades.

- Evitar o efeito dependência e queda de mercado, com uma maior diversidade alimentar e oferta de produtos.

 - Conquistar novas fontes de exploração agrícolas mais sustentáveis, entre os sistemas de consórcio agrícola, arbóreo e animal.

- Verticalizar a economia. Proteger o meio-ambiente, e se tornar um importante fator de prevenção ao impacto das mudanças climáticas.

- Melhorar as condições vitais, ambientais, ecológicas e climáticas do ecossistema.

- Pode ser habitado e consorciado com a criação de animais silvestres.


              Tab. 2.0. Comparação de Dois Paradigmas de Cultivo:

                             Monocultivos e Policultivos

                   (Adaptação de CHAVELAS, CATIE, 1979)

Características

Monocultivos


Policultivos


Estrutura:


Lavouras

SAFs

Estratos:

Dimensional


Multidimensional

Arquitetura:


Homogênea

Heterogênea



Fitossanidade:


Pragas Uniespecíficas

Rápida multiplicação


Poucas pragas

Barreiras naturais com maior número de
inimigos naturais


Ocupação do Agricultor:

                      

              Estacional


Contínua



Atividades:

Casual

Intensiva

Sustentável

Múltipla








Aproveitamento da Capacidade  Sócio-cultural:




Limitada

Se transplantam
Tecnologias Tradicionais e
Convencionais impactantes

Importação Massiva
de Nutrientes, Sementes

Perda Crescente de
Valores Tradicionais


Sem previsão de limites

Tecnologias.             associadas a descobertas mais recentes, adaptáveis ao local da atividade

Pouca importação
de tecnologia e de nutrientes

Evolução da Cultura Tradicional





Impacto ecológico:




Degradação e exploração
do meio ambiente

Destruição, Venda e Exportação do Ecossistema
                             

Procura-se melhorar o
ambiente

Busca-se a reciclagem de nutrientes e a recuperação da fertilidade

Ecossistema é reciclado e mais preservado



Retorno Econômico

Atualmente paga os               custos de produção, mas os custos ambientais e sociais não são orçados


Consegue pagar seus custos de implantação, obter lucratividade e sem ônus ao ambiente.


Algumas Experiências em SAFs e seus efeitos na Economia

Experimento em Una (Bahia, Brasil), ano de 1984, envolvendo o cultivo de seringueiras (Hevea brasilium) consorciadas com banana-da-terra (Musa paradisiaca) e açaí (Enterpe oleraceae), demonstra que se pode deslocar para o segundo ano de exploração agrícola o retorno dos gastos para a implantação do sistema através da venda da produção de banana-da-terra e açaí. Em monocultivos, de seringueira teríamos o retorno a partir do nono ano (Alvim et al, 1989).  O mesmo autor demonstra que o ponto de nivelamento econômico em um consórcio de cacau (Theobroma cacau) com pimenta (Piper nigrum), pupunheira (Bactris gasiparae), banana-prata (Musa sapientum) e mistura de variedades locais de mandioca, pode ser deslocado para o 2o. ano, ao invés de ser gerada no 12o. ano como é encontrado nos monocultivos de cacau e seringueira.
                                                          
Para o dendê (Elaeis guineensis), o abacaxi possibilita retornos a partir do segundo ano quando em consórcio. Seria 8 anos para retorno positivo em monocultura (Alvim et al, 1989). Rayatree exemplifica como cultivo de grande retorno financeiro o exemplo do consórcio Acacia albida e sorgo no Saara.  A produção chega a ser duas vezes maior. As folhas das espécies florestais caem na estação chuvosa quando está sendo cultivada a cultura anual e permanecem na seca protegendo o solo e combatendo os ventos, quando não são realizados os plantios. Copijni exemplifica o emprego do consórcio entre uma espécie de Kiwi (Paulownia alongata) e o cultivo de culturas anuais na China. A produção chega a ser o dobro, pois as culturas anuais atraem insetos polinizadores e dinamizam melhor os nutrientes, e o retorno é bastante compensador. Outro pesquisador, Lagemann enfatiza que os cultivos mistos chegam a ser 10 vezes mais rentáveis que os convencionais.

Stoler demonstra que os hortos caseiros trouxeram mais de 60% da necessidade de calorias da família e mais de 20% dos ingressos econômicos em outros países como Java. Na Nigéria, 67% do país é cultivado com um consórcio entre azeite de palma, cacau, café e noz-de-cola (Getahun, Wilson e Kang, 1982). Todas estas culturas são organizadas na maioria em associações e são exportadas para os países europeus. Grande parte da Ásia sul, porção oriental, cultiva-se côco consorciado com caucho, cacau, café e azeite-de-palma. No Quênia, 50% da lenha e 40% da forragem são provenientes do cultivo de árvores na beira dos cursos d'água, caminhos, estradas, borda de lavouras, etc.

No Brasil, 73% do semi-árido nordestino não podem depender de chuvas para a adequada exploração agrícola (Hargreaves). Assim é necessário o uso de espécies vegetais arbóreas de elevada resistência às intempéries da seca. Nesta mesma região, o consórcio cacau e bananeira são muito utilizados, já côco (Cocos nucifera), babaçu (Orbignya martiana), carnaúba (Copernicia prunifera) e dendê (Elaeis guinensis) são utilizados com espécies de elevado retorno econômicos.

Dubois et al (1983),coloca que o valor bruto da produção ha/ano pode ser aumentado em 46,21% e a receita líquida da atividade agrícola ha/ano também pode aumentar em 41,76% com policultivos com cacau, café, cupuaçu, mandioca, feijão, milho, arroz, freijó (Cordia goeldina), mogno (Swietenia macrophyla), na regiåo de Tapajós-Amazônia Brasileira. Isto representa acréscimos de 5 ha/ano em relação a área de monocultivos agrícola. No sul do Brasil experimento que envolve o plantio da bracatinga (Mimosae scabrela) afirma que se pode ter um rendimento médio econômico de 45 % a mais com o seu cultivo consorciado com as lavouras, com a venda da lenha, produção de mel e acúmulo de nitrogênio no solo.

Kang, em 1987 estimou a contribuição de nutrientes de aléias de glicirídia e leucaena para uma cultura de milho em 40 Kg por ha. Guevara, 1978 reporta rendimentos de 500 a 600 kg de N por hectare em plantações de forragem no Havaí.


6. Metodologia:

Alem de viajar-se por várias regiões do Brasil, e termos participado de congressos nacionais de agroecologia e de permacultura, onde se destacaram o IV Encontro Brasileiro de Agricultura Alternativa em Petrópolis – RJ,  no ano de 1984, e a aprovação de uma consultoria para o Centro Nacional das Populações Tradicionais – CNPT, do IBAMA, em Brasília, para o PPG7/ONU, na região de fronteira do Brasil com o Peru, na reserva extrativista Chico Mendes, no ano de 1998, desenvolvemos uma síntese de nossas buscas e pesquisas em nosso sitio, aplicando várias eco-tecnologias, na sede de nossa organização, o Instituto Anima, de forma intensa e objetiva.

O Sitio Cristal Dourado foi encontrado abandonado, coberto de mata de cipó espinhoso e com uma população muito elevada de pinus eliotti. Em 2 meses limpamos o local, retiramos o pinus, e iniciamos um processo de zoneamento e de setorização do sitio, potencializando cada local com novos cultivos e combinações de plantas, em diferentes níveis e estratos agroflorestais. Em 120 dias, plantamos completamente a área, tornando-a muito produtiva:

- Iniciamos com hortas, em sistemas de policultivos: com plantio de ervas medicinais (Menta, mirra, hortelã, malva, cana-de-macaco, arruda, guiné, centella asiática, babosa, saião, orégano, alecrim, tomilho, mercúrio cromo, mil folhas, artemísia, ginseng, cânfora, quebra-pedras, arnica, abre caminho, gervão, ambrosia, entre outras) no extremo dos canteiros, e do lado oposto, espécies mais perenes como couve, berinjela, pimentão, pimenta, tomate, abobrinha, etc. Sementes de hortaliças, como cenoura, rabanete, nabo, rúcula, alface, chicória, agrião, acelga, coentro, salsa, cebolinha, alho porró, foram semeadas em linhas, e no meio das ervas medicinais de maior porte, sendo colocadas à lanço.

Posteriormente, devido à forte presença do aquecimento solar, tivemos que optar por construir uma estrutura superior de madeira de eucalipto e as toras, aproveitando em parte as toras de pinus do sitio, e sendo coberta por tela de sombrite 50 %.  Entre os postes colocamos fios de arame galvanizado, e para subir neles introduzimos o plantio de guaco, a ora-pro-nobis, o maracujá, o feijão-vagem guarani, a vagem, ervilha, a bucha e a cabaça.  Temos hoje quatro hortas totalmente cobertas, totalizando aproximadamente 900 m2 de área coberta, e sendo irrigadas com mangueiras de microaspersão Santeno tipo II, que são dispostas sobre ripas finas de madeira, penduradas por arames nas estufas de sombrite. O ambiente interno fica protegido, mais úmido e bem vital. Até no verão em nossos solos pobres arenosos, onde o sol é intenso e atinge mais de 14 UV, pois estamos a 1.5 km do mar, temos uma boa produção de alimentos e até de verdes como alface. Isto não ocorre em quase lugar nenhum da “ilha da magia” ou Florianópolis ou Floripa como é chamada nossa capital de SC.

- A adubação dos solos: foi realizada durante várias vezes ao ano, com porções pequenas e constantes de calcáreo, pó de rocha, esterco de aves, de boi e nossa compostagem, esta em uma escala maior. Houve o uso de palha de pinus e de serragem fina em alguns locais. Adubação em excesso atrai pragas, e sempre é interessante em doses menores quando as plantas ficam mais enfraquecidas. O uso de biofertilizante foi sempre aspergido em dias de sol muito forte e seco, nos finais de tarde, algumas vezes por ano, e este biofertilizante possui algas, água do mar, pó-de-rocha, bórax, zinco, enxofre, leite, bagaço-de-cana, restos vegetais verdes escuros e animais, como esterco de aves e de cachorro, gado e um pouco de sulfomagro e de biogel comprado externamente. Ele aumenta a absorção de nitrogênio em plantas que estão carentes deste elemento e ativa profundamente a biologia.

- Montamos duas mandalas de ervas medicinais: de mais de 10 ms de diâmetro cada uma, e que possuem uma produção de mirra, gervão, ginseng, artemísia, ambrosia, carqueja, babosa, saião, alecrim, arruda, mil folhas, hortelã, malva, capim limão, melissa, agave, folha da fortuna, abre caminho e abacateiro.

Tabelas de Produtos do Instituto Anima:

Amigos (as), conheçam nossa permacultura medicinal, organizada na forma de produtos como ervas e compostos medicinais que atuam de forma mais profunda e eficaz, alimentos nutritivos integrais, cds musicais e velas artesanais feitas de cera de abelha. Maiores detalhes estão na ecoloja em nosso portal da vida: www.institutoanima.org, e em nosso stand nas ecofeiras em Floripa - SC

Somente com a venda de nossos chás e remédios artesanais em nossas ecofeiras e em nossa sede conseguimos manter e investir na manutenção de nossa sede e Sitio Cristal Dourado, sem contar com nossa ampla produção de alimentos agroecológicos fresquinhos e profundos artendimentos terapêuticos ... e o mais importante, é que observem todo o potencial que uma área de apenas 1/2 hectare pode fornecer de preciosa abundância, riqueza terapêutica e exemplo de ambiente de cura para toda a humanidade e planeta Terra.


Chás
Funções
Vol
Atac + 10
Var Un

Composto Calmante:

Capim Limão, Melissa, Maracujá
Acalmar, Combater Insônia, Agitação do Sistema Nervoso,
Limpar a Mente, Evitar uso de Drogas, Boa Circulação, Cardíaco


Pc. 50 gr



3.00



5.00

Composto Emagrecedor:

Abacateiro, Ambrosia, Capim Limão, Cavalinha, Centella Asiática, Espinheira Santa, Mil Folhas, Melissa e Pata de Vaca


Emagrecedora, Depurativas, Hepáticas, Antianêmica, Diuréticas, Renal




Pc. 50 gr




3.00




5.00

Composto Antigripal:

Capim Limão, Guaco, Malva, Mastruço, Menta, Pitanga, Picão Branco, Poejo, Melissa


Pneumonia, Gripe, Resfriado, Tosse, Febre
Asma, Catarro, Bronquite, Imunidade



Pc. 50 gr




3.00




5.00


Composto Fortalecedor:

Catuaba, Jatobá,

Mulungu e Jurema Preta


Anemia e Fraqueza, Coração, Anti-Vampirismo,
Medula e Sangue, Mioma, previne Câncer no Útero e Ovário, Próstata, Circulação e Oxigenação Celular, evita Depressão





Pc. 50 gr





3.00





5.00

Abacateiro
Persea gratissima, Gaertn


Combate Diarréias, Desinterias, Febres, Reumatismo, Problemas e Cálculos Renais, Diurético e Artritismo



R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00


R$ - 3.00/50 gr

Chá Arnica do Campo
Anthenis nobilis, L.


Antiinflamatória, Diurética, Dores e Contusões

R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
R$ - 4.00/50 gr


Chá Artemísia
Artemísia vulgaris, L.
Má Menstruação, Anemia, Cólicas, Estomago Débil, Anterite, Epilepsia, Flatulência, Icterícia, Calmante, Piolhos e Feridas


R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00:

R$ - 4.00/50 gr







Alecrim
Rosmarinus officinalis L.


Úlceras, enxaqueca, queda de cabelo, depressão, vertigem, cansaço físico e mental, hemorróidas, afecções hepáticas, intestinais e renais, bronquite, coqueluche, feridas, úlceras, gota, clorose, nevralgias, paralisias, feridas, contusões, indigestão, histeria, nervosismo, celulite, colesterol, convalescença, odontalgia, edema, entorse, frigidez, impotência, rugas, insônia e torcicolo









R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 30.00:








R$ - 4.00/50 gr



Alfavaca e Mangericão
Ocimum basilicul L.



Purificadora, Limpeza do Sangue e Astral, Vermífuga, Tônica, Gástrica, Diurética, Combate Dores na Urina, a Falta de Apetite, Insônia e a Má Lactação, Indicada para Gestantes, como tempero




Minimo 10 uns: R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00



Varejo: R$ - 3.00/50 gr

Amoreira
Morus nigra L.

Diabetes, Pedras nos Rins , Bexiga.
Reposição Hormonal, Olhos




Boldo
Vernonia condensata L.

Hepatite, Males do Fígado, Vesícula, Gastrite, Insônia, Reumatismo e Gonorréia


R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00

Varejo: R$ - 3.00/50 gr

Barbatimão
Stryphnodendrum barbatiman, L.
Hemorragias Internas, Corrimento Vaginal, Gonorréia, Feridas, Hérnias e Ulcerações Externas


R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00

R$ - 5.00/50 gr

 

 

 

Bardana

Arctium lappa


Mineralizante, Fortalecimento, Pele, Diurética,  Hipoglicemiante, Anti-inflamatória, bactericida, depurativa e cicatrizante, couro cabeludo nas dermatites descamantes


R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00

R$ - 4.00/50 gr

 

Branco

Antioxidante, emagrescedor, diminui colesterol, combate cárie


R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00

R$ - 5.00/50 gr



Canela em Rama
Cinnamomum zeylanicum



Adstringente, antisséptica, aromática, carminativa, digestiva, vasodilatadora, hipertensora, sedativa, fortalecedora, contra indicação para gestantes





R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00




Varejo: R$ - 3.00/50 gr







Camomila
Chamomilla recutita [L.] Rauschert




Inflamações oftálmicas, diarréia infantil, embaraços gástricos, enjôos, indigestões, enxaquecas, afecções de pele, cólicas, lumbago, estomatite, afta, ciática, gota, mialgias, cistites, náuseas, assaduras, queimaduras de sol, doenças do útero e do ovário, gengivite, feridas, oftalmias, insônia, afecções nervosas, inapetência e úlceras









R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00








R$ - 4.00/50 gr

Capim Limão
Cymbopogon citratus,(D.C. et Nees.) Stapt
Calmante, Refrescante, Renal, Diurético, Antigripal, Desinfetante, Gases


R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00

Varejo: R$ - 4.00/50 gr



Carqueja
Baccharis trimera Less.


Má digestão, feridas e úlceras, gota, obesidade, azia, gastrite, fraqueza intestinal, icterícia, afecções do baço, fígado e da bexiga, má-circulação, angina, cálculos biliares, inflamação das vias urinárias, chagas venéreas, lepra, impotência masculina e esterilidade feminina




R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00



Varejo: R$ - 4.00/50 gr



Cana de Macaco
Costus spiralis, Rose



Cálculos Renais, Bexiga, Inflamações das vias urinárias, Calmante, Diurética, Emagrecedora, Refrigerante, Dores em Geral, Arteriosclerose, Gonorréia e Sífilis




R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00



Varejo: R$ - 4.00/50 gr



Cavalinha
Equisetum arvensis L.



Depurativas, Remineralizante, Antiinflamatória, Diuréticas, Cicatrizante, Tonificante, Revitalizante e Antiacne, Seca Excesso de Líquidos




R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00



Varejo: R$ - 4.00/50 gr

Cinamomo
Melia azedarach, L.


Prisão de Ventre, Histerismo e Abortivo, Uso Externo para Feridas e Problemas de Pele, Vermífugo

R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00

R$ - 3.00/50 gr



Erva Baleeira ou Salicínea
Cordia verbenácea, L.



Hemorragias Internas, antiinflamatória, cicatrizante, para feridas, remove hematomas, reumatismo, dor na coluna, incenso natural



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr


Erva Cidreira
Lippia Alba, L.



Calmante, antinevrálgica, digestiva, antiespasmódica, estimulante, estomáquica, sedativa, tônica dos nervos e hipotensora



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00


Varejo: R$ - 3.00/50 gr



Erva Doce
Pimpinella anisum


Funções: Calmante, combate insônia, náuseas, cólicas e vômitos. Reestabelece a menstruação e aumenta o leite materno



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr


Espinheira Santa
Maytenus Ilicifolia L.

Gastrite, Gases, Acne, Intestino Preso, Retira Excesso de líquidos, Emagrecedora, Limpeza Espiritual e Mental



R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr

Chá de Feijão-Andu
Cajanus cajan, Merr.

Depurativo, Antianêmico, Tosse e Inflamação da Garganta, Antialérgico e Adstringente



R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00


R$ - 3.00/50 gr

Folha-da-Fortuna
Bryophyllum calcymum, Salisb
Diabete, Úlcera, Feridas, Frieiras, Pulmões e Pedras nos Rins


R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 25.00

R$ - 4.00/50 gr

Funcho
Foeniculum vulgare, Gaert


Digestivo, Gases, Verminose, Expectorante, Tosses, Calmante e Cólicas, Amamentação


R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00

R$ - 4.00/50 gr


Gengibre
Zingiber officinalis


Estimulante gastrointestinal, combate gases, anti-inflamatório, para reumatismo artrites, feridas, circulação, tosses e bronquites



R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00


R$ - 3.00/50 gr


Gervão Preto
Stachytarpheta janaicebsis

Hepática e Hepatite, Antiinflamatória, Estimulante, Eczemas, Erisipela, Afecções da Pele, Prisão de Ventre, Renal, Cataplasma para Artrite



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr



Ginko Biloba

Oxidação das células e no envelhecimento. Estimulante da circulação, diminui a hiperagregação plaquetária, evitando tromboses. Indicado ainda contra micro varizes, artrite e cansaço nas pernas




R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00



R$ - 4.00/50 gr


Ginseng Brasileiro
Pfaffia Paniculata L.



Revitalizante e anti-stress, proteção da Aura, rico em Cálcio, Magnésio e Fósforo, tem ação Anticancerígena e Circulatória, Emagrece




R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00



R$ - 4.00/50 gr


Guaco
Mikania glomerata Sprengel


Resfriados e bronquites, inflamações de garganta, antiasmática, febrífuga, tônica, peitoral, diurética, hipotensora, calmante, sudorífica, cicatrizante anti-reumática e antiofídica. Raio azul, excelente para o chacra laríngeo





R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00




R$ - 4.00/50 gr


Hortelã Branca
Mentha rotundifolia L.

Calmante, Anti-séptica, Gases, Estômago, Prisão de Ventre, Enxaquecas, Pele, Feridas, Resfriados, Febre, Vermífuga e Anti-reumática



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00


R$ - 4.00/50 gr


Malva
Malva crispa, L.

Limpeza Interior e exterior, Aftas, Dor de Dente, Mau Hálito, Úlceras, Laringites, Inflamações nos Olhos, Ouvidos e Intestinos, Imunidade, Clorofila



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr


Chá de Marapuama
Ptychopetalum olacoides, Rill

Proteção da Aura e da Alma, Ativação do Cálcio, Magnésio, Fósforo, Inteligência, Memória, Anti-stress, Afrodisíaco e Antidepressivo



R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 30.00


R$ - 5.00/50 gr


Marcela
Achyrocline satureioides, Lam.
Calmante, Diurética, Digestiva, Azia, Cólicas Abdominais, Diabetes, Antifebril, Disenterias, Tonico Capilar, Bactericida, traz luz a vida



R$ - 2.00/50 gr Kilo: R$ - 20.00


R$ - 4.00/50 gr

 

 

Maracujá

Passiflora alata, L.


Ansiedade, Insônia, Tensão Pré-Menstrual, Menopausa, Taquicardia,
Espasmos e Nevralgias



R$ - 2.00/50 gr Kilo: R$ - 20.00


R$ - 4.00/50 gr

Chá Mentrasto ou Santa Maria
Chenopodium ambrosioides, L.


Depurativa, Antiácidas, Varizes, Antianêmica, Tosses e Brônquios, Manchas nos Pulmões, Hemorróidas e Vermífugo Poderoso



R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00


R$ - 3.00/50 gr



Chá de Menta
Mentha piperita L.



Calmante, Refrescante, Antifebrífugo, Digestiva, Vermífuga, Enjôo e Vômito, Tosses, Garganta, Gengiva e Inflamações, Clorofila, Imunidade



R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 40.00


Varejo: R$ - 5.00/50 gr





Mil Folhas ou Novalgina
Achillea millefolium L.


Febre, alivia dores, reumatismo, varizes, insônia, pressão alta, má circulação, males do estômago e fígado, como infusão em gelo em hemorróidas, banhos de assento ginecológicos, é expectorante e anticelulítica





R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00





Varejo: R$ - 4.00/50 gr


Cipó Mil Homens

Aristolochia Cymbifera, Martius


Gástrico, Hepático, Renal, Baço, TPM,
Asma, Febres, Diarréia, Convulsões,
Epilepsia, Palpitações, Fratulência,
Uso externo em Pruridos e Eczemas




R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00




Varejo: R$ - 4.00/50 gr





Pata de Vaca
Bauhinia forficata Link.



Poderoso hipoglicemiante, indicado em Diabetes melittus e elefantíase, reduz a excreção de urina, regularizando a glicemia sangüínea, afecções renais, melhora digestão e fígado, moléstias da pele e prisão de ventre





R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00




Varejo: R$ - 3.00/50 gr




Pau Verônica do Pará
Dalbergia subcymosa, D.C.

Anemia e Fraqueza, Coração, Vampirismo, Medula e Sangue, Câncer e Mioma, Útero, Ovário, Circulação e Oxigenação Celular, Icterícia, Picadas de Aranha e Queda de Cabelo




R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 40.00



R$ - 5.00/50 gr
Chá Penicilina
Althernantera brasiliana,
Diabete, Colesterol, Diurético, Cálculos Renais, Edemas

R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
R$ - 4.00/50 gr



Picão Preto ou Cuambu
Bidens pilosa, L.


Diabetes e Hepáticas, Icterícia, Desinterias, Pedras nas Vesículas e Rins, Bexiga, Asma, Bronquite, Amígdalas, Inflamações Crônicas, Emagrecedor e retira Líquidos em excesso do corpo




R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00



R$ - 4.00/50 gr

 

Picão Branco ou Botão de Ouro

Galinsoga parviflora, Cav


Hepáticas e Diabetes, Icterícia,
Desinterias, Pedras nas Vesículas e Rins, Bexiga, Asma, Bronquite, Inflamações Crônicas, Amígdalas




R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00



R$ - 4.00/50 gr





Quebra Pedras
Phyllanthus niruri L. ssp. latryrroides


Diabetes, litíases renais, disenteria, hepatite-B, afecções do fígado, cólicas renais, infecções pulmonares, hemorragias, úlceras, contusões, feridas, gangrenas, febre palustre, afecções urinárias, da pele, da boca e da garganta, albuminúria, icterícia, gota, hipertensão arterial, afecções da próstata e cistite







R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00






R$ - 4.00/50 gr

Saião
Kalanchoe brasiliensis, Camb.


Aftas, Calos, Erisipela, Feridas, Frieiras, Tumores, Úlceras, Verrugas, Xarope para Tuberculose Pulmonar



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr


Verde
Cameilia sinensis

Digestão, Emagrecimento, Diurético,
Renal, Estômago, Purificação



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr

 

 

Tanchagem

Plantago maior, L


Antiinflamatória, Ulcerações, Dor de
Garganta, Gengivas, Limpeza de Útero e Ovários,
Hemorróidas, Olhos, Seios, Tosse e Bronquite



R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00


R$ - 4.00/50 gr


Vinagreira
Hibiscus sabdariffa L.



Depurativa, Hepática, Antianêmica, Diurética, Laxante, Chacra Cardíaco, fortalece a Amorosidade, Chá Frio para Soltar o Intestino



R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 30.00


R$ - 4.00/50 gr

 

Unha-de-Gato

Uncaria Guianensis, (Aublet) Gmelin


Renal, Bexiga, Intestino Preso,
Desinteria, Urina Solta, Febres, Sífilis,
Hemorróidas e Desidratação



R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 30.00


R$ - 4.00/50 gr




Produtos Fitoterápicos
Funções
Vol
Atac +10
Var

Xarope Antigripal:

Copaíba, Própolis 40 %,
Mel de Eucalipto e de Bracatinga

Antigripal, Catarro, Dor de Garganta, Dentes,
Gengiva, Mau Hálito, Mucosidade e Infecções Internas,
Aumenta a Imunidade


Frasco

30 mls



R$ - 9.00



R$ - 15.00

Composto Antigripal:

Acerola, Embaúba, Guaco, Laranjeira, Mastruço, Pitanga, Picão Branco, Pulmonária.

Pneumonia, Gripe, Resfriado, Tosse, Febre Asma, Catarro, Bronquite, Imunidade,


Frasco

30 mls



R$ - 9.00



R$ - 15.00

Composto Tônico Fortalecedor:

Alecrim, Aroeira, Barbatimão, Catuaba, Barbatimão, Gervão, Guaraná, Marapuama, Menta, Mil-Folhas, Pau-Ferro, Pau Verônica e Penicilina


Antianêmico, Debilidade, Stress, Falta de Ãnimo, Vampirismo, Fechamento do Campo, Memória e Impotência.


Frasco

30 mls




R$ - 9.00




R$ - 15.00


Composto Gástrico:

Boldo,  Espinheira Santa, Erva Doce,  Funcho, Unha de Gato



Gastrite, Fermentação, Má Digestão



Frasco

30 mls



R$ - 9.00



R$ - 15.00


Composto da Harmonia Geral:

Possui Alecrim, Alevante, Capim Limão, Hortelã, Malva, Menta, Melissa e Mil-Folhas.

Dor de Cabeça, Enxaquecas, Dores, Calor Interno, Fermentação, Emagrecimento, Desintoxicação, Dores de Garganta, Gengivas, Dentes, Feridas e Inflamações.



Frasco

30 mls




R$ - 9.00




R$ - 15.00

Composto Antiinflamatório:

Arnica, Babosa, Cânfora, Capim Limão,
Erva Baleeira, Melissa, Menta


Uso interno e externo para Feridas, Ulcerações,
Inflamações, Inchaços e Dores Musculares


Frasco

30 mls



R$ - 9.00



R$ - 15.00

Tintura Externa:

Artemísia, Confrei, Malva,
Menta, Pau Ferro e Própolis



Feridas, Ulcerações, Dentes


Frasco

30 mls



R$ - 9.00



R$ - 15.00

Spray Purificador:

Alecrim, Alevante, Capim limão, Citronela, Hortelã, Malva, Menta, Melissa, Mil-folhas, Óleo Essencial de Alecrim, Cipreste, Hortelã-Pimenta, Ylang-Ylang, Lima-limão, Eucalipto e  Flores Andinas

.



Retira Impurezas do Ar, Purificador, combate a Moscas e Mosquitos, Armazenamento de Sementes, Automóvel, é eficaz Repelente





Frasco

50 mls






R$ - 12.00






R$ - 20.00

Fumo Medicinal Nagual:

Alecrim, Artemísia, Erva Baleeira, Capim Limão, Camomila, Hipérico, Menta, Malva, Melissa, Mentrasto, Mirra, Pfáffia, Resina de Jatobá, Breu Branco e Tabaco Orgânico

Todos cultivados de forma ecológica no Sitio Cristal Dourado, sede do Instituto Anima. Não possui nenhum componente baseado em psicoativos como cannabis sativa ou assemelhados






Anti-stress, fecha campo energético, traz vitalidade e proteção, ativa o chacra do plexo solar, é profundo purificador, substitui o cigarro







Pcts

50 gr








R$ - 3.0








R$ - 7.00

Óleo Medicinal Biovital:

Arnica, Babosa, Cânfora, Capim Limão, Erva Doce, Erva Baleeira,
Melissa, Menta, Mirra, Malva, Folha da Fortuna, Saião,
óleo de Eucalipto, resina de Jatobá  e Breu Branco, base é óleo de girassol a frio ou arroz






Limpeza e Tônico para Pele, Relaxante e Antiinflamatório





Frasco

50 mls





R$ - 12.00





R$ - 15.00

Pomada Mágica de Própolis:

Com Alecrim , Alevante, Babosa, Confrei, Capim Limão, Hortelã, Malva, Menta, Melissa, Mil-folhas, Própolis, Pau-Ferro, Óleo Essencial de Lima-limão, Eucalipto e de
Flores Andinas, base é o Óleo de Babaçu


Cicatrizante, desinfetante, indicada para acne e mancha de pele


Pt 30 g


R$ - 6.50


R$ - 10.00

Sabonetes Medicinais Puros: solicite o tipo:

Lavanda, Alecrim, Malva, Menta, Ylang Ylang, Gengibre, Leite de Aveia, Guaraná, Laranjeira, Cravo, Canela, Coco, Chocolate, Vinho Tinto, Arruda com Sal Grosso, entre outros sabores e aromas puros e naturais, possuem excelente qualidade, durabilidade e consistência, assim não se desmancham ou perdem sua essência facilmente.









Várias funções: hidratação e purificação da pele e do organismo


  







40 gr










R$ - 2.20-     2.50









R$ - 4.00 ou 3 unidades por R$ - 10.00

Perfume Natural

Breu Branco Amazônico, Resina deJatobá, Erva Doce, Canela  e Ginseng


Desodoriza e purifica o organismo


Frascos
40 mls


R$ - 11.00


R$ - 15.00

Alimentos Integrais
Funções
Vol
Atac +10
Var

Pão Medicinal Integral

Farinha Integral, Farinha Branca, Óleo, Sal,

Fermento Biológico, Mangericão, Linhaça e Muito Sol


Pode-se solicitar que seja feito com: salsa, espinafre, alecrim, abobora, cenoura, mandioca e batata-doce







Alimentação







400 gr







R$ - 2.50







R$ - 3.50

Pizzas Integrais Orgânicas

Dois sabores: Milho, tomate, salsa, mangericão, orégano, queijo colonial

Rúcula, ora-pro-nóbis, tomate, queijo colonial, mangericão e orégano







Alimentação

 




Grande
Média






R$ - 15.00
R$ - 10.00






R$ - 25.00
R$ - 15.00

Biscoitos Integrais:

Aveia com uva passa e côco com maisena


Alimentação


Scs 50g e 150g


R$ - 1.0 e
R$ - 1.5


R$ - 1.5
R$ - 2.50

Granola Completa Integral:

Aveia Grossa e Média, Castanha de Caju, Castanha do Pará, Erva Doce,

Flocos de Milho, Leite de Soja, Linhaça, Damasco.  Ameixa, Banana e Uva Passa, e Melado de Cana,





Alimentação, para boa Memória,
Inteligência, Osteoporose, Esporte




Scs 500g





   R$ - 4.0





R$ - 6.00

 

Gersal do Campeche Completo:

 

Gergelim, Mangericão, Mangerona, Salsa, Orégano e Sal Marinho




Gastrite, Gases, Acne, Intestino Preso, Mente




Scs 150g




R$ - 1.50




R$ - 3.00

Farinha Múltipla 10:

Fibra e Gérmen de Trigo, Farinhas de Soja, Aveia,
Milho, Mandioca, Dolomita, Linhaça, Gergelim,
Abóbora, Espinafre e  Couve em Pó



Rica Fonte de Vitamina A, B, C, E, B12,Micronutrientes, útil para subnutrição





Scs 150g





R$ - 1.50





R$ - 3.00


Sistemas de Agroflorestas do Sitio Cristal Dourado:

- Modelo de Agrofloresta I: Policultivos com Maracujá: Temos uma grande produção de maracujá, em sistema de espaldeira, consorciado com guandu, mandioca, amendoim, milho crioulo e indígena (Mais de 20 variedades), quiabo, girassol, abóboras, melancias, melões, batata-doce, e feijões vagens guaranis (2 espécies antigas em extinção), crotalária (3 espécies) que servem como alimento secos, verdes e para adubação verde. Os feijões guaranis secos parecem como o feijão azuki, mas são bem mais rústicos e se espalham muito mais. Podem ser comidos como vagem, verdes e nitrificam os solos. Secos fornecem brotos muito poderosos.

O guandu é cultivado ao lado do maracujá, e é podado três vezes ao ano, as sementes são cozinhadas com arroz, e são muito fortes, a mandioca é plantada em linhas com os demais cultivos, distante 1 m, somente que bem espalhada, e a batata-doce é implantada no outro extremo, distante 5 a 10 ms. Mandioca é colhida a cada 12 meses, algumas deixamos 36 meses, e ficam com 1.5 ms cada raiz ! Cada batata-doce neste sistema, se adubada corretamente com composto chega atingir 1.0 kg cada uma!

Ocorre uma maior proteção do solo, com o crescimento da abóbora, melancia, amendoim, batata-doce e feijão guarani. As copas da mandioca também são podadas. Nas porções finais do terreno é introduzida a banana, pinha, ora-pro-nobis, physalis sp, e nos arames que ficam vazios, plantam-se buchas, cabaças, chuchu nos locais mais úmidos, e guaco.

Espécies agroflorestais menores podem ser colocadas no centro do sistema, como o mamão, figo, limão, araçá, guavirova, cabeludinha, côco-anão, açaí, laranjinha, pitanga, acerola e bicuda (Nativa da Ilha de Fpolis).

Depois da colheita que começa com o quiabo, o milho, o girassol, o feijão, o maracujá (Durante 6 meses), ainda a crotalária, a batata-doce, a mandioca, inserimos ainda a mucuna preta e cinza (mucuna sp), para forrar o sistema de massa verde e de nitrogênio, sendo podada antes do inverno e deixada como mulching. Em Florianópolis, pode-se plantar milho até no inverno, mas ele é geralmente atacado por gralhas azuis e papagaios da região. Para isso colocamos bastante girassol para que estes animais tenham uma nova fonte de energia e nutrição, colaborando com a estética e a natureza, e descompactando os solos. Mas girassol é sinônimo de pura beleza e comida farta para todo mundo, usado como picles salgados, brotos e leite.



- Modelo de Agrofloresta II: Algodão + Laranjeira + Cabeludinha + Araçá + Mandioca + Lab-Lab + Abóboras + Morangas + Melancias: O algodão produz mais quando recebe aporte de nutrientes da poda das copas das mandiocas e da parte do cipozal do lab-lab, e as micorrizas das abóboras ativam o solo. A terra fica toda coberta de lab-lab, intensamente verde e cheia de mulching. Colhe-se muito algodão, morangas, aboboras e melancias facilmente. Frutas amadurecem cada uma na sua época. Comida não falta. Algodão serve para tecelagem e para artesanato com sementes, cachimbos e cabaças.

- Modelo de Agrofloresta III: Mamão + Figo + Laranja + Limão + Banana + Leucena + Milho Roxo ou Vermelho + Feijão de Porco + Guandu + Batata-doce + Mandioca: Nos cantos laterais face sul, temos a banana consorciada com guandu, mamona e crotalária, todas estas sendo usadas para poda e adubação verde, e podem ser colhidas suas sementes para nutrição e venda. A batata-doce não vai bem com a banana, não são compatíveis. O plantio de tagetes ainda é aceito pelo bananal se houver luz. O Milho, com feijão-de-porco, quiabo, é plantado em linhas de 1 x 1 ms, e as árvores são cultivadas em sistema de triângulo a cada 8-10 ms. O mamão é uma planta rara na agroecologia, por que sofre muito ataque da doença antracnose, e no sistema agroflorestal e com o uso de pó-de-rocha, calcáreo e cinza podem ter uma incidência menor. Seu valor final atinge até R$ - 3.00/kg, sendo uma importante fonte de renda para feiras e mercados e venda local. A mandioca pode ser plantada bem espalhada, senão se torna dominante e inoportuna para manejo e plantio posterior em outras safras futuras. No inverno é interessante o plantio de ervilhaca neste setor com o tremoço.

- Modelo de Agrofloresta IV: Gergelim + Feijão Cariocão + Feijão Azuki + Aboboras + Morangas + Melancias + Feijão de Porco: Gergelim gosta de ser cultivado até janeiro, em linhas de 1 x 1 ms, e aprecia a compania do feijão, que sempre preservamos em mais de 10 variedades em nosso sitio. Colhe-se a cada kilo de gergelim ou sésamo plantado, 10 kgs de retorno, e é apreciado pelas mamangavas, que são insetos importantes e polinizadores para o maracujá. Neste sistema a novidade interessante é que após a capina amontoamos o material cortado no centro da lavoura, em uma pilha de 2 ms de altura, e deixamos ali tudo decompor durante 60 dias. Após isto, retiramos o inço que nasce na sua porção superior, capinamos e limpamos os cultivos, deixando ainda a beldroega, picão preto, caruru, serragem, tansagem, que são plantas espontâneas que inclusive vendemos para os vegans e naturistas nas ecofeiras, e esta matéria orgânica ou húmus acumulada, volta ao solo e aos cultivos, novamente, fechando um ciclo perfeito. O material verde é juntado e empilhado novamente. Então, aqui nada é queimado, o que é prática comum no Brasil, mas vira matéria orgânica, adubo, economia, saúde, dinheiro e qualidade de vida. Nestas áreas ainda temos araçás, pitangas, limão, banana, arnica, ginseng, em maiores escalas. A venda destes produtos é garantida nas ecofeiras e restaurantes, e há uma demanda imensa que não está sendo suprida.

- Modelo de Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu + Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo, pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado, sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por que invade os arames do maracujá.

- Modelo de Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras + Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola + Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área. No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local. Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça.
  
- Temos na parte fronteiriça do sitio o plantio de paineira, jacarandá, ipê amarelo, ipê roxo, pau brasil, guarapuvu, canela, abacate, araucária, leucena, e muita banana, maracujá, ora pro-nobis, girassol nativo, entre outras espécies.


7. Resultados:

Em uma área de quase 5.000 ms, avaliada em seu valor de mercado em 1 milhão de reais, podemos alimentar em condições de solos pobres, cerca de 50 pessoas mensalmente, e se as condições de fertilidade e de irrigação forem melhores, este número alcança mais de 200 pessoas/mês.

A ampla diversidade de produtos, sementes, mudas, reciclagem de nutrientes, alternativas de renda e o impulso a criatividade, podem ser decisivos para quem busca novas soluções relacionadas ao uso mais sustentável, dinâmico e que traga mais retornos a sua terra. Esta é a missão de nosso instituto, propor estas soluções aos movimentos sociais rurais e urbanos, favelas e classes mais desfavorecidas.

Nossa idéia inicial que foi sendo clareada aos poucos era de que a renda de nosso sitio não seria suficiente apenas com a venda de verduras e de algumas frutas. Mas a combinação de chás simples e compostos, fabricação de remédios fitoterápicos, paes e cucas medicinais, pizzas, pesto, bolos, biscoitos, granola, sucos verdes, ervas frescas, banana-passa, licores de maracujá, geléias de banana, artesanato, venda de sementes crioulas, frutas, legumes e verduras, poderiam ocasionar uma maior satisfação aos clientes e a geração de renda diversas e constante, inclusive através de nossos sites.

Obvio que tudo isso exige muito trabalho, diário, mas com a harmonia, como uma meditação ativa, nós do Instituto Anima, levamos as nossas atividades, buscando não cansar, forçar a barra e estressar demais, ao mesmo tempo, não damos mole e deixamos as coisas muito para depois, mas justamente, sempre planejamos realizar “o futuro desde já ou até para ontem”. Pois o nosso amanhã desta forma se torna mais abundante, leve e prazeroso.

As pessoas em geral não costumam realizar as tarefas simples com atenção e dedicação. Estão geralmente presas a desejos grandes materiais, pois para nós estas coisas maiores acontecem por que são atraídas pelo nosso trabalho e esforço. Apreciamos muito o slogan: “o negócio é ser pequeno”. E juntem muitas coisas pequenas bem feitas, para ver a força e a beleza que ficam: um exemplo de uma totalidade e felicidade, uma coerência maior muito grande que é demonstrada.

O trabalho correto com a terra, dentro de uma visão holística, mais espiritualizada, aberta, faz a mente descansar, relaxar, e o organismo absorver muita energia, e assim ter mais saúde. Este é outro resultado qualitativo, que é esquecido normalmente: “a agricultura pode servir como um processo terapêutico, básico para a formação de uma medicina integral preventiva e uma vida e sociedade mais saudável.” 

Mas há fatores importantes que impactuam com propostas desta natureza, como a falta de recursos, o que é paradoxal, afinal só se fala em meio ambiente e sustentabilidade em todo o planeta, mas quando se busca as verbas dos projetos, elas normalmente ficam no papel e não são acessadas facilmente. Mas as causas deste absurdo é o desvio dos recursos por questões políticas, onde empresas de fachada são normalmente as que são beneficiadas, e que tecnicamente e historicamente não estão engajadas. Por isso que se recomenda que as iniciativas sejam muito focadas na produção e venda direta de produtos, e não dependam tanto de verbas oficiais.

8. Discussão: Podemos observar que este projeto é viável, possui uma receita bem maior que seus custos, ainda que não esteja computando os investimentos de mão-de-obra, por que são próprias, e não terceirizadas. O mais interessante é a riqueza da diversidade de produtos, sua qualidade artesanal, a forma como são produzidas e a satisfação da clientela e seu respeito, que sempre cresce cada vez mais.

O fato é que estes sistemas podem ser adotados em outras realidades, onde alguns exemplos populares já existem em localidades pobres da Amazônia e do Nordeste brasileiro, sobretudo os produtores de açaí, de borracha natural e de leite de cabra.  Estas informações foram mostradas pelo Globo Rural na televisão, em alguns domingos pela manhã.

Um dos aspectos também sensíveis é relacionado à autogestão e auto-suficiência alimentar e genética deste projeto, onde a qualidade da nutrição, dos produtos, sempre fresquinhos, plantados e colhidos por quem plantou, chega à mesa e podem ser degustados satisfatoriamente. Bem diferente de quem compra em um mercado e em um sacolão, aqueles alimentos pobres de nutrientes, muito envenenados, carentes de vitaminas e sais minerais. Este fator nutricional é muito importante, e resulta em uma receita qualitativa que não podemos mensurar.

Relacionado às sementes, em um momento de séria crise ambiental, as sementes são bens valiosos, que precisam receber mais atenção e cuidados especiais. Seu plantio, seleção, armazenamento, é outra face da riqueza cultural e espiritual de um bom agricultor, que está zelando na verdade pelo futuro de nossa espécie em nosso planeta. Isto vamos discutir mais adiante. Mas isto exige muita sabedoria, de quem realmente dá muito valor e prevê ou planeja um bom futuro.

O lado da estética da paisagem, sua força vital, a presença de animais silvestres, a reciclagem dos resíduos, nos locais certos, a felicidade encontrada nos animais domésticos, como cães, gatos, galinhas, pássaros, a nutrição e zelo com os minhocários, o aroma e perfume das ervas, flores, presença de insetos, a pureza da água de poço, fazem de nosso projeto uma plena satisfação que traz paz, tranqüilidade, amor ao próximo, muito serviço devocional e alegria a quem chega, um grande acolhimento à todos que nos visitam. 

Por isso que dizemos que o ápice da humanidade é perceber que ela pode encontrar um equilíbrio novamente com a natureza, e ativar ainda mais os seus ritmos naturais e vitais, alcançando o zênite na agrofloresta e na permacultura. Na verdade, concluímos que podemos fazer deste planeta novamente um incrível e poderoso jardim do éden, como ele foi, e possivelmente voltará a ser, com ou sem a nossa presença.

9. Conclusões: O impacto da globalização, planejada dentro do ponto de vista das grandes corporações e elites financeiras mundiais, impulsionou ao planeta todo, uma intensa urbanização, trazendo um aparente maior conforto as pessoas, que saíram do campo ou do meio rural em busca de condições melhores de vida. Mas a maioria, sem qualificação, encheu as favelas e zonas de baixo poder aquisitivo nas cidades. Os que ficaram na terra, foram perdendo os seus jovens, sua cultura tradicional e colonial mais sustentável, e sua autogestão e auto-suficiência foi invadida, pela propaganda maciça das empresas, pela pressão do crédito agrícola que exigia a aplicação de um pacote tecnológico moderno importado através da multinacional revolução verde, muito dependente sumamente de produtos agroquímicos, que como conseqüência fez que grande parte dos agricultores perde-se suas propriedades, se endividasse, envenena-se seus solos, rios, sua saúde, e  até constituíram uma cultura mais capitalista, distante das leis e a sabedoria que era mais aliada da natureza e hoje, volta-se até contra ela. O resultado é que em muitos municípios de SC, 80 % das propriedades estão abandonadas, outras atividades da agricultura familiar se tornaram dependentes dos grandes complexos agroindustriais como os grandes agregados avícolas e de suínos. O agricultor de proprietário se tornou refém dos preços, do lucro já calculado em média 8 %/ano, onde seu tempo é aprisionado, com isso sua cultura, diversidade, e respeito a outras ações diferenciadas são forçosamente esquecidas. Os solos e rios ainda recebem uma imensa carga de dejetos, que não se tem onde mais colocar.

Os agricultores de SC exigem que o programa Microbacias II, financie e subsidie ações de proteção às suas nascentes, matas e florestas. Caso não sejam pagas estas atividades, estes agricultores se recusam a colaborar com os órgãos de extensão rural e de meio ambiente. Tal conclusão provém de nossa consultoria a Fetaesc, maior federação de sindicatos rurais do estado de SC. Mas isto é um verdadeiro absurdo.

Os agricultores que ainda atuam no meio rural, querem mais renda, e lucratividade, para isso planejam aumentar às suas áreas de cultivo, o que está sendo limitado pelas leis ambientais federais. Em SC, foi proposta uma nova lei ambiental, que está em fase de embargo.  Outro assunto polêmico, é que 60 % deste estado estão cobertos com pinus, e outra parte com eucalipto, por isso há muito desequilíbrio climático nesta região do Brasil, e perdas de solos, onde morros desabam, surgem muitas enchentes, há considerável perda de fauna, flora, e muita erosão social rural.

 Aqui surge a importância dos policultivos. Um exemplo é o trabalho árduo da empresa Don Natural, de propriedade da família do Sr. Glaico Sell, situado na cidade de Paulo Lopes – SC, distante 70 km de Floripa, capital de nosso estado. Hoje Glaico planta em apenas 1.2 há, uma horta modelo e muito bem cuidada, desde o adubo orgânico comprado, que vem ensacado e certificado, até sua colheita, embalamento, e consegue um faturamento bruto mensal de R$ - 20.000.00 em média, com 1.2 ha de horta orgânica! E é uma das pessoas mais respeitadas, já foi até secretário de agricultura de sua cidade, é ambientalista e muito motivado ou apaixonado no que faz. Sua esposa recebeu o maior prêmio internacional da ONU: de mulher trabalhadora rural modelo, no Peru.

Então, é preciso muito mais investimento neste setor, para que haja uma maior integração real e sensata entre ministérios e políticas públicas de combate a fome, êxodo rural e concentração populacional urbana. A importância desta iniciativa ainda se dá em vários âmbitos:

- Valoriza a vida e a qualidade da vida humana e ambiental, nas cidades, chamada de permacultura urbana e no meio rural, considerada agroecologia, agricultura orgânica e agrofloresta. Consideramos em tese, o uso da expressão permacultura, como um estágio posterior às outras, que envolve a bioconstrução e a reciclagem de resíduos e de geração de energia. Se houver ainda o uso de princípios da agricultura biodinâmica, teremos a revolucionária e exigente “permacultura-biodinâmica”, possivelmente a salvação da humanidade em nosso planeta.

- Estas práticas agroecológicas são a base de uma verdadeira educação ambiental, e podem ser relacionadas com a nutrição vital e integral, alimentação viva, fitoterapia, homeopatia, medicina natural, preventiva e terapias holísticas.  Isto pode trazer inúmeros benefícios, a escolaridade, hospitais, consumidores, ocasionando diretamente economia, saúde e bem estar.

 - Certamente, faltam muito estímulos, como o pagamento menor de impostos a quem está envolvido com agroecologia, se ter empréstimos mais facilitados, sobretudo para a compra da terra como sítios, fazendas, para o uso orgânico, e ainda existir uma assistência técnica atualizada e motivada a este segmento.

Hoje tudo acontece por conta de quem tem o capital, que se junta a mais pessoas para a compra de terras, onde formam condomínios e ecovilas, no entanto sem nenhuma presença e participação governamental, e sem maiores estímulos ou auxílios financeiros externos. Num momento de graves riscos ambientais, esta ausência de planejamento e investimento é um atestado de uma política pública ausente e irresponsável, que precisa ser construída, por uma nova mentalidade, mais realinhada com a simplicidade, a sustentabilidade e a qualidade integral de vida, e muito mais distante da voracidade das grandes corporações, empresas, e da industrialização em alta escala e com seus altos custos socioambientais e pesados lucros.

Mudanças Climáticas: Sinônimo de um maior aquecimento global, efeito estufa, chuvas ácidas, derretimento do gelo do planeta, maiores quantidades de calor, UV, extremos de seca e de chuva, ventos, ciclones, tornados, maremotos, terremotos, erosão genética, queimadas, extinção de espécies, agrotóxicos, queima de combustíveis fósseis, tudo isto sendo observado na porta de nossa casa, onde cidades inteiras estão sendo inundadas, algumas ficando sem água potável, alimentos, com pessoas subindo nos telhados, que estão sendo arrastados pelas águas ou pelos morros que estão derretendo feitos gelatinas.

Policultivos, sistemas agroflorestais, poucos perceberam sua importância para a atenuação destes impactos ambientais, e onde estão as políticas públicas para seu desenvolvimento emergencial, e os recursos, a tecnologias, os convites para reuniões, como o ODM fez, mas com uma visão ainda de muito marketing político?

Uma de nossas propostas era de se montar viveiros de árvores com agricultores selecionados, e este serviço seria financiado por um projeto aprovado pela Petrobras, por exemplo, mas pode ser através da FAO, ONU, UNESCO, IFOAM, UNNIC, WWF, entre outras fontes, e a cada 20 litros de combustível sendo colocado nos automóveis, a pessoa recebe por opção, uma árvore para ela plantar e cuidar.

Agora imagine as nossas estradas sendo replantadas, e nossos morros destruídos sendo recuperados por SAFs, com a participação da educação ambiental das escolas ou de empresas. E SAFS podem entrar nas paisagens desertas dos pampas gaúchos, nos morros de SC, de SP e de MG, na beira de rios, lagoas, no agronegócio da cana, soja, milho, arroz, os chamados desertos verdes, que se esqueceram da fauna e da flora nativa, das formigas, abelhas, mamíferos, que não possuem nem uma árvore para se esconder de tanto sol, ventos, chuvas...

Esta é uma civilização imediatista, e sua ganância poderá levar sua sociedade à total degradação e degeneração, econômica, política, social e espiritual. Só o que gastam em armas, uns 10 % anuais, já financiariam milhares de projetos semelhantes aos que estamos propondo.  Mas os recursos ambientais na verdade existem, mas quase 90 % estão sendo desviados para fins até obscuros e duvidosos.

Por isso que policultivos, SAFs, a permacultura, são importantes e fundamentais neste momento em todo o planeta, mas parece que as lideranças políticas, até do PV, não possuem mais os pés-na-terra, e sim na mente, nos sonhos e nos seus delírios, de venda de automóveis, IPIs reduzidos para a compra de bens como eletrodomésticos, para isso há políticas, facilidades, mas para quem quer desenvolver um projeto sustentável, os instrumentos são onerosos, complicados e muito difíceis.

Não podemos esquecer que uma árvore adulta acumula mais de 200.000 litros de água, e é água que não desce rio abaixo, e quando há seca, elas soltam os preciosos líquidos da vida, aos poucos, para o solo, regulando a umidade através da capilaridade. SAFs na beira de rios é a satisfação e salvação para muitas comunidades.

Por isso, pelo nosso olhar, desenvolvemos vários conceitos interessantes e bem contemporâneos, como:

- Economia Sustentável e Essencial: Produção de bens e itens de baixo custo e impacto socioambientais, muito importantes para o dia-a-dia das pessoas, e que sempre possuem venda garantida.  Ex: Alimentos como paes, ervas e sucos.

- Ritmos Vitais da Paz: Hábitos novos que envolvem meditação, banhos alternados e hidroterapia, bioenergética, yoga, alimentação viva, vegan, xamãnica ou alquimia alimentar, fortalecimento energético, qualidade de vida, relações evolutivas, a busca de uma nova percepção e consciência, tudo isto ensinamos em palestras, cursos e workshops.

- Permacultura-Biodinãmica: Somos praticantes e iniciadores, onde podemos ter os policultivos, com os multiestratos permanentes, e o uso de preparados biodinâmicos a astronomia agrícola e os ensinamentos de Rudolf Steiner.

- Transversalidade na Educação Popular e Ambiental: Como enfatizamos, é possível algumas disciplinas serem unidas em aulas, práticas e vivências, como desenho, música, vídeo, matemática, economia, ecologia, agricultura, nutrição, fotografia, jornalismo, literatura, esportes, terapias, entre outras, sobretudo para crianças.

- Terapia Holística e Medicina Integral: Podemos ter uma formação médica convencional ou naturóloga, ampliada pelos conteúdos da medicina chinesa, ayurvédica, bioenergética, terapia reichiana, neo-reichiana, técnicas de renascimento e de holotrópica, resgate da alma, cura quântica, estudo apométrico, cristaloterapia, cromoterapia, fitoterapia, homeopatia, yoga, relaxamento, meditação, são ações que desenvolvemos em nosso Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável, de forma regular, e que integra a nossa realidade e busca de uma totalidade. Para isso estamos estudando, lendo, fazendo cursos, desde o ano de 1983.

É nossa mensagem neste projeto, e documento oferecido a sua importante revista.

10. Agradecimento:

Agradecemos a todos os amigos que conhecemos e nos ajudaram a despertar, aos permacultores do Brasil e de todo mundo, aos agricultores que ainda amam suas terras, plantas e animais, que possuem esperança que ocorra uma retomada mundial de sabedoria e de consciência, é o que dedico este importante artigo. Em tom especial, aos meus três filhos: Mickaell Urânia, Emmanuel Ângelo e Amana Sarah, e minhas grandes companheiras da vida: Silvana, Ana Paula e Maristela. Aos nossos parceiros e novos membros de nossa futura comunidade, ofereço com muito carinho. Florianópolis - SC, 03 de Março de 2010.

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